[caption id="attachment_225365" align="alignleft" width="287" caption="Contrariedade com os rumos do país cresceu em relação a abril de 2015, dias após as maiores manifestações pelo impeachment de Dilma"]
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[fotografo]Lula Marques/Ag. PT[/fotografo][/caption]Desde que o ex-presidente Lula assumiu a Presidência da República, em 2003, nunca tantos brasileiros avaliaram que o país está no caminho errado quanto agora: 82%. Os dados são de pesquisa do Ibope para a coluna de
José Roberto Toledo, do jornal
O Estado de S.Paulo. De acordo com o colunista, o levantamento apontou que apenas 14% acham que o Brasil está na direção certa; outros 4% não souberam dizer. Na pesquisa anterior, em abril de 2015, pouco após as maiores manifestações pelo impeachment da presidente Dilma, o percentual dos que tinham opinião negativa sobre o futuro do país era de 75%. Antes, em julho de 2014, esse percentual era de 53%.
A contrariedade com o rumo nacional é maior entre os jovens (88%), nas grandes cidades (87%), no Sudeste (87%) e entre quem ganha mais (88%), destaca Toledo. Mas também é elevada em redutos onde a presidente costuma ter mais apoio, como no Nordeste (77%) e entre os mais pobres.
"A oposição não conseguiu liderar uma mudança de rumo. Prevaleceram o medo de perder o pouco que sobrara e o auto-engano de que a própria presidente comandaria um cavalo-de-pau. Como a guinada não aconteceu, a percepção de contramão aumentou", avalia o jornalista. Em um ano e meio, o percentual de quem acreditava que o país estava no caminho certo caiu de 42% (2014) para os atuais 14%.
O momento atual reflete um pessimismo muito maior do que o registrado em dezembro de 2005, ano do mensalão e da pior crise do governo Lula. Naquela ocasião, 30% acreditavam que a direção dada pelo petista ao país estava correta, lembra o colunista.
Quanto à política, ainda de acordo com o Ibope, apenas 28% dos brasileiros acreditam que 2016 será melhor do que 2015. Outros 31% acreditam que será igual. Mas, para 38%, este ano será pior do que o anterior. O desalento é maior em relação à economia: 46% acham que a situação econômica do Brasil vai piorar, e 26%, que ficará igual, ou seja, na pior recessão desde 2002. Mesmo assim, 61% dos brasileiros apostam que sua vida pessoal vai melhorar em 2016.
Leia a íntegra da coluna de José Roberto Toledo no Estadão
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