[caption id="attachment_242723" align="alignleft" width="344" caption="Puccinelli e Girotto estão entre os principais alvos da segunda fase da operação policial"]

[fotografo]Divulgação[/fotografo][/caption]A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (10) a segunda fase da Operação Lama Asfáltica - Fazendas de Lama, que investiga irregularidades em contratos que chegam a R$ 2 bilhões. Entre os 15 presos temporariamente estão o ex-deputado federal Edson Girotto, que foi secretário de Infraestrutura do governo André Puccinelli (PMDB), e André Luiz Cance, ex-secretário estadual da Fazenda. O ex-governador também é alvo da operação. Durante duas horas, policiais federais cumpriram mandado de busca e apreensão no apartamento do peemedebista. As ações ocorrem no mesmo dia que o Plenário do Senado decidirá se cassa ou não o mandato do senador sul-mato-grossense Delcídio do Amaral por quebra de decoro parlamentar.
A suspeita é de que recursos públicos desviados de contratos e obras públicas tenham sido utilizados, na gestão Puccinelli, na compra de propriedades rurais. O esquema, de acordo com a PF, envolvia fraude em licitações e recebimento de propina.
Os policiais identificaram fortes indícios de prática de lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Segundo eles, os investigados compravam bens em nomes de terceiros e sacavam dinheiro em espécie para ocultar os valores.
Participam da operação 201 policiais federais, 28 funcionários da Controladoria-Geral da União e 44 da Receita Federal. São cumpridos, ao todo, 28 mandados de busca e apreensão e 15 de prisão temporária, além de 24 mandados de sequestro de bens de investigados. A operação alcança os municípios de Campo Grande, Rio Negro (MS), Curitiba, Maringá (PR), Presidente Prudente (SP) e Tanabi (SP).
As apurações começaram em 2013, quando foi constatada a atuação de um grupo que, por meio de empresas em nome próprio e de terceiros, superfaturava obras contratadas com a administração pública. O grupo é acusado de agir no ramo de pavimentação de rodovias, construções e prestação de serviços nas áreas de informática e gráfica.
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