[caption id="attachment_250517" align="alignright" width="360" caption="Moro torna Dirceu réu na Lava Jato pela segunda vez"]
Sergio Moro_Rovena Rosa/Agência Brasil" src="https://static.congressoemfoco.com.br/2016/06/Sérgio.jpg" alt="" width="360" height="270" />[fotografo]Rovena Rosa/Agência Brasil[/fotografo][/caption]Responsável pela
Operação Lava Jato em primeira instância, o juiz federal
Sergio Moro aceitou nesta quarta-feira (29) denúncias apresentadas contra o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e outros seis suspeitos de envolvimento no esquema de corrupção descoberto pela Polícia Federal na Petrobras. Para os investigadores Lava Jato, Dirceu recebeu propina por meio de desvios em contrato da estatal com uma empresa fornecedora de tubos que já lhe prestava serviços. A denúncia foi formalizada pela força-tarefa de procuradores do Ministério Público Federal (MPF) em Curitiba.
A decisão de Moro faz com que Dirceu, um dos condenados no processo do
mensalão e na própria Lava Jato, volte à condição de réu na Justiça Federal de Curitiba. O ex-ministro foi condenado em maio pelo próprio juiz a 23 anos e três meses de prisão, em regime inicialmente fechado, pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e pertinência a organização criminosa.
Moro também aceitou em seu despacho a denúncia contra o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, considerado o operador do PT no esquema de corrupção na Petrobras, contra o irmão de Dirceu, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, e mais quatro acusados de participação de desvios e pagamentos de propina. Segundo o juiz, indícios levantados pelo MPF demonstram que um dos delatores da Lava Jato, o empresário Júlio Camargo, fez repasses à empresa de Dirceu na ordem de R$ 1,4 milhão, a título de "custeio dissimulado de despesas" sob responsabilidade do ex-ministro.
Tal simulação de movimentação financeira, diz a denúncia do MPF, era operada por intermédio de viagens em um jatinho particular do empresário Júlio Camargo. Ainda de acordo com os investigadores da força-tarefa, a propina foi viabilizada a partir do contrato firmado entre a petrolífera e a empresa Apolo Tubulars.
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