Relator-geral do orçamento pretende protocolar a PEC da transição na terça-feira (29) para que seja aprovada antes do dia 10. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Marcelo Castro pediu exoneração do Ministério da Saúde para votar contra o impeachment na Câmara"]
Marcelo Castro" src="https://static.congressoemfoco.com.br/2016/07/marcelo-castro-300x199.jpg" alt="Marcelo Camargo/Agência Brasil" width="300" height="199" />[fotografo]Marcelo Camargo/Agência Brasil[/fotografo][/caption]O deputado
Marcelo Castro (PMDB-PI),
escolhido pela bancada do partido como candidato oficial da legenda ao mandato tampão para a presidência da Câmara, negocia o apoio do PT e do PCdoB à sua candidatura. Alguns deputados petistas já confirmaram a decisão, mas preferem ainda não oficializar para evitar arestas com eleitores de castro que são de outros partidos. O PCdoB, antes simpático á candidatura de Rodrigo Maia (DEM-RJ), também já admite apoiar Castro. Os dois partidos identificam no deputado peemedebista o nome anti-Eduardo Cunha competitivo, com possibilidade de derrotar o "centrão", grupo suprapartidário que atua como uma espécie de base de apoio do ex-presidente.
Ex-ministro da Saúde da presidente afastada Dilma Rousseff, Castro ficou até o último dia no cargo e deixou a pasta para reassumir o mandato e, assim, poder votar contra o afastamento da petista. No início da tarde desta terça-feira (12), Castro foi ao Palácio do Planalto para uma reunião com o presidente interino, Michel Temer. Foi comunicar que será candidato à presidência da Câmara e, ao mesmo tempo, amenizar o constrangimento criado no PMDB com a sua escolha para disputar o comando da Casa.
Acirramento
Pouco mais de 24 horas antes da votação para a escolha do substituto de Cunha, a Mesa Diretora já contabiliza o registro de 12 parlamentares (veja lista abaixo).
Os deputados interessados em participar da disputa têm até 12h desta quarta-feira (13) para oficializar as candidaturas. Ainda são esperados os registros de Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Beto Mansur (PRB-SP). Até as 12h desta terça-feira (12), o último a formalizar a candidatura foi o vice-líder do PV,
Evair Vieira de Melo (ES). Mas, no transcorrer da tarde, Espiridião Amin (PP-SC) também entrou no páreo.
Além da campanha nos bastidores da Congresso e a
influência discreta do Palácio do Planalto, os candidatos à vaga
deixada por Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que renunciou ao posto na última quinta-feira (7), distribuem panfletos e pedem votos nos corredores e salões da Câmara.
Em meio a muita polêmica e expectativa, a eleição está marcada para as 16h de amanhã, com chances de avançar madrugada adentro. Até uma hora antes da votação, os candidatos registrados podem desistir de ter o nome disponível na urna eletrônica. Quem for eleito, ficará no cargo até fevereiro de 2017, quando a Câmara fará uma nova eleição para Mesa Diretora.
Para ser eleito em primeiro turno, o candidato precisa ao menos da maioria absoluta dos votos (metade mais um), desde que haja quorum mínimo de 257 deputados presentes, do total de 513. Caso o número não seja alcançado, haverá segundo turno. A votação é fechada, ou seja, sem possibilidade de revelação sobre como cada congressista votou.
Veja a lista das candidaturas oficiais:
Fausto Pinato (PP-SP)
Carlos Henrique Gaguim (PTN-TO)
Carlos Manato (SD-ES) - corregedor da Câmara
Marcelo Castro (PMDB-PI)
Fábio Ramalho (PMDB-MG)
Heráclito Fortes (PSB-PI)
Giacobo (PR-PR) - 2º vice-presidente da Câmara
Cristiane Brasil (PTB-RJ) - Filha do ex-deputado e delator do mensalão, Roberto Jefferson.
Luiza Erundina (Psol-SP) - Primeira mulher prefeita da cidade de São Paulo e está no quinto mandato na Câmara
Rogério Rosso (PSD-DF) - Foi presidente da Comissão do Impeachment na Câmara e tem o apoio do centrão.
Evair Vieira Mole (PV-ES)
Esperidião Amin (PP-SC)
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