Propostas para o Metrô-DF foram discutidas entre representantes da sociedade, do governo local e senador Hélio José (PMDB-DF)
[caption id="attachment_261019" align="alignleft" width="300" caption="Propostas para o Metrô-DF foram discutidas entre representantes da sociedade, do governo local e senador Hélio José (PMDB-DF)"]
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[fotografo]Geraldo Magela/Agência Senado[/fotografo][/caption]A solução financeira para a conclusão das obras do metrô do Distrito Federal, que pretende chegar até a região norte da cidade, pode sair dos cofres da União. Um acordo proposto pelo diretor de Administração da Companhia do Metropolitano do DF, Luiz Gustavo de Andrade, pretende contar com a ajuda da bancada do local no Senado para apresentar uma emenda ao orçamento da União no valor de R$ 1 bilhão destinada a aumentar a malha metroviária da cidade.
Segundo o senador
Hélio José (PMDB-DF), que presidiu a sessão de debates, a proposta será discutida na bancada do Distrito Federal, formada também por Cristovam Buarque (PPS) e Reguffe (sem partido). De acordo com Hélio José, a proposta de emenda pode ser feita tanto em conjunto, quanto individualmente por um parlamentar da bancada. A verba, caso aprovada, será usada para formar a terceira linha do metrô. Atualmente, DF tem apenas duas linhas.
A expansão do metrô é tida como uma das principais saídas para desatar o nó da mobilidade urbana no Distrito Federal. O objetivo é levar o transporte metroviário para cidades como Sobradinho e Planaltina, no extremo norte do DF. A outra saída apontada na
audiência é a integração entre metrô e ônibus, defendida pelo mestre em Ciências Políticas Carlos Penna Brescianini.
"Uma das coisas mais importantes para resolver o problema de transporte no Distrito Federal e no Brasil se chama integração metrô/ônibus. A integração só será feita se todo o sistema de transporte do Distrito Federal for centralizado em cima do caixa eletrônico do Metrô. Ele foi planejado e entregue para ser o centro da integração de todos os transportes, através de um cartão de integração", explicou o especialista.
Nomeação
Na reunião, a falta de pessoal foi apontada como maior problema do metrô no Distrito Federal. Os responsáveis pela Companhia do Metropolitano do Distrito Federal reconhecem as dificuldades, mas ressaltam a impossibilidade de superá-las no momento em razão dos limites impostos pela legislação aos gastos com a folha. Um concurso público já foi feito e, atualmente, 320 aprovados aguardam nomeação. O déficit de pessoal foi, inclusive, a principal reivindicação da
greve da categoria que durou 74 dias e terminou na semana passada.
[caption id="attachment_252003" align="alignright" width="300" caption="Com a falta de funcionários, metroviários liberam as catracas"]
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[fotografo]Gabriel Pontes/Congresso em Foco[/fotografo][/caption]Segundo Quintino Sousa, representante do Sindicato de Trabalhadores de Transportes Metroviários do DF (SindMetrô), faltam atualmente 800 servidores para o metrô, que conta com pouco menos de mil empregados. Essa, segundo ele, é a causa do cenário "caótico" na qual a companhia se encontra e também da recente greve da categoria, que durou 74 dias.
A próxima reunião da Comissão deve acontecer em outubro e continuará discutindo os rumos do transporte metroviário da cidade, com foco na expansão da malha e na nomeação de aprovados no concurso.
Com informações da Agência Senado
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