[caption id="attachment_265416" align="alignleft" width="380" caption="Pauliceia modificada: Haddad falou à imprensa instantes depois de anunciada sua derrota já no primeiro turno"]

[fotografo]Paulo Pinto/Fotos Públicas[/fotografo][/caption]Com apenas uma prefeitura de capital assegurada, o Partido dos Trabalhadores foi a legenda que mais perdeu prefeitos nas eleições municipais de 2016 (veja quadro geral abaixo). Há quatro anos, quando a então presidente Dilma Rousseff estava em seu segundo ano de mandato, o PT tinha 630 prefeitos Brasil afora, e agora vê esse número cair para 256 (queda de 59,40%). No quadro geral de titulares em prefeituras, os petistas agora figuram na décima colocação - em 2012, o PT figurava no pódio da representatividade municipal, em terceiro lugar, atrás apenas de PMDB (1.015 nomes) e PSDB (686).
Atribui-se, em outros fatores, aos desdobramentos da
Operação Lava Jato o enfraquecimento do PT em escala nacional. Conta para o cenário negativo o impeachment da presidente Dilma Rousseff, que ainda reverbera no imaginário do eleitorado. Como efeito das noticias negativas, o partido conseguiu emplacar um prefeito: Marcus Alexandre, reeleito para o comando de Rio Branco em primeiro turno (há quatro anos, quatro petistas se elegeram para capitais). Resta ao partido mais uma disputa em segundo turno. Mesmo assim, como demonstra a relativa popularidade de Lula - um dos principais alvos da Lava Jato e, paradoxalmente, expoente da política brasileira -, o partido ainda encontra amparo em figuras históricas, como Eduardo Suplicy, o
vereador mais votado do país em 2016.
Em termos percentuais, o Partido Republicano Brasileiro, considerado uma legenda de médio porte, foi um dos que mais aumentaram seu índice de representação em prefeituras: de 79 para 104 prefeitos, aumento de 31,6%. Na parte de cima da lista, embora tenha aumentado sua performance em apenas 1,2%, o PMDB continua com amplo domínio das prefeituras brasileiras, com 1.027 cadeiras. Com a
vitória de João Doria em São Paulo - e já em primeiro turno, algo que não acontecia desde 1992 -, o PSDB não só vê a saída do PT da mais poderosa prefeitura da América Latina, frustrando as expectativas de reeleição para Fernando Haddad, como também fatura politicamente com o resultado folgado. E, de quebra, testemunha a conquista de 791 prefeituras neste ano, crescimento de 15,30% em relação a 2012.
Os tucanos também foram os que mais elegeram prefeitos já em primeiro turno. Além de João Doria, Firmino Filho teve mais da metade dos votos válidos em Teresina, capital do Piauí. O PSDB também é a legenda está em mais disputas para prefeituras em segundo turno, com oito nomes no páreo, seguido pelo PMDB, com seis postulantes na segunda etapa de votações.
Confira o quadro geral de prefeituras por partido:
Partido |
2012 |
2016 |
Variação |
PMDB |
1.015 |
1.027 |
1,20% |
PSDB |
686 |
791 |
15,30% |
PSD |
495 |
537 |
8,50% |
PP |
474 |
494 |
4,20% |
PSB |
434 |
412 |
-5,10% |
PDT |
304 |
334 |
9,90% |
PR |
274 |
294 |
7,30% |
DEM |
276 |
265 |
-4% |
PTB |
298 |
261 |
-12,40% |
PT |
630 |
256 |
-59,40% |
PPS |
122 |
118 |
-3,30% |
PRB |
79 |
104 |
31,60% |
PV |
99 |
100 |
1,00% |
PSC |
82 |
87 |
6,10% |
PCdoB |
51 |
80 |
56,90% |
SD |
0 |
62 |
* |
Pros |
0 |
51 |
* |
PHS |
16 |
36 |
125,00% |
PSL |
23 |
30 |
30,40% |
PTN |
12 |
30 |
150,00% |
PMN |
42 |
28 |
-33,30% |
PRP |
23 |
19 |
-17,40% |
PTdoB |
25 |
15 |
-40% |
PTC |
19 |
15 |
-21,10% |
PEN |
0 |
14 |
* |
PRTB |
16 |
10 |
-37,80% |
PSDC |
10 |
9 |
-10,00% |
Rede |
0 |
5 |
* |
PPL |
11 |
4 |
-63,60% |
PMB |
0 |
3 |
* |
Psol |
1 |
2 |
100% |
* O partido ainda não havia sido criado em 2012.
Confira aqui os resultados das eleições de 2016 - primeiro turno
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