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Congresso em Foco
16/08/2017 | Atualizado às 23h55
[caption id="attachment_305124" align="aligncenter" width="590" caption="Mais de 400 deputados permaneceram em plenário até tarde da noite, mas sessão foi esvaziada a certa altura da sessão"]
Fontana diz que frente parlamentar contra o distritão irá barrar proposta com ao menos 230 votos de diferentes partidos
Após um dia de negociações e debates que duraram cerca de quatro horas em plenário, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), suspendeu há pouco, por falta de quórum, a sessão que votaria a reforma política setorial promovida pela Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 77/2003 - apesar da grande movimentação no Congresso e dos mais de 430 deputados que registraram presença nesta quarta-feira (16). Mais uma vez, a exemplo do que tem ocorrido na comissão especial que analisa o assunto, as críticas à matéria se concentraram no chamado voto "distritão", que facilita a reeleição dos atuais mandatários, e na criação do Fundo de Financiamento da Democracia (FFD), que prevê pelo menos R$ 3,6 bilhões para financiar campanhas eleitorais. A votação será retomada na próxima semana, a partir de terça-feira (22).<<Deputados querem aprovar regra que facilita a própria reeleiçãoPara acelerar a votação, a maioria em plenário se mobilizou e chegou a aprovar requerimento para encerramento da discussão de conteúdo com 431 registros de presença em plenário, por 361 votos a 68, e duas abstenções. Mas, com o esvaziamento da Casa à medida que a sessão avançava pela noite, Maia optou por encerrar os trabalhos, pouco depois das 22h. Para que uma PEC seja aprovada, são necessários ao menos 308 votos, em dois turnos de votação e cinco sessões plenárias de intervalo entre eles. Maia já havia avisado que a votação da reforma só seria realizada com Casa cheia. Com 513 deputados, raramente a Câmara promove votação com mais de 500 deles em plenário. Para os deputados que compõe a Frente Parlamentar contra o Distritão, que é suprapartidária, nem a alteração de modelo de voto nem a criação do fundo serão aprovados. Eles avaliam que o dispositivo que estabelece a adoção do sistema majoritário nas eleições de 2018 e 2020 será barrado na Câmara, por meio da apresentação de uma emenda de plenário. De acordo com o deputado Henrique Fontana (PT-RS), a frente suprapartidária já tem votos para retirar do texto relatado por Vicente Cândido (PT-SP), que foi aprovada ontem (terça, 15), o dispositivo sobre o distritão. O petista afirmou já ter cerca de 230 deputados de diferentes partidos que são contra o distritão. O número, afirma, já indica que será possível barrar a inclusão do sistema na PEC no plenário. Ele também citou o resultado da aprovação da emenda na comissão especial, por 17 votos a 15, como indicativo de que a matéria enfrenta grande resistência no conjunto da Casa. Na próxima semana, os deputados votarão os destaques apresentados ao relatório de Vicente Cândido. Para serem incorporados ao texto, cada um deles precisa de pelo menos 308 votos, em votações separadas.
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