Após pronunciamento de Mourão cobrando resposta de militares sobre ações da PF, vice-líder do Psol anunciou representação na PGR. Romério Cunha/PR
O vice-presidente Hamilton Mourão comentou nesta quinta-feira (19) os ataques que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) fez à China. Nessa quarta, Eduardo responsabilizou o maior parceiro comercial do Brasil pela pandemia do coronavírus.
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"O Eduardo Bolsonaro é um deputado. Se o sobrenome dele fosse Eduardo Bananinha não era problema nenhum. Só por causa do sobrenome. Ele não representa o governo", disse Mourão à Folha de S. Paulo. "Não é a opinião do governo. Ele tem algum cargo no governo?", questionou.
Pouco depois da manifestação de Mourão, o chanceler Ernesto Araújo publicou um posicionamento criticando a reação do embaixador chinês e dizendo que o governo brasileiro espera retração do diplomata.
"Cabe lembrar, entretanto, que em nenhum momento ele [Eduardo] ofendeu o Chefe de Estado chinês. A reação do Embaixador foi, assim, desproporcional e feriu a boa prática diplomática", escreveu o chanceler brasileiro.
Apesar do tom da nota, ele reforçou a ideia de Mourão. "As críticas do deputado Eduardo Bolsonaro à China, feitas também em postagens ontem à noite, não refletem a posição do governo brasileiro", disse Araújo.
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