Moro
[caption id="attachment_231677" align="alignleft" width="285" caption="Processos envolvendo autoridades com foro privilegiado, como parlamentares, ministros e governadores, não serão julgados pelo juiz federal"]

[fotografo]Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr[/fotografo][/caption]Criticado por parte dos advogados por sua celeridade, o juiz
Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, terá de triplicar o ritmo de trabalho para cumprir a meta que admitiu recentemente de concluir sua participação na Operação Lava Jato até dezembro deste ano. Segundo reportagem do jornal
O Estado de S.Paulo, o grande volume de processos em andamento e as novas denúncias que serão apresentadas pelo Ministério Público Federal tornam praticamente inviável a conclusão dos trabalhos da Justiça Federal no caso ainda em 2016. Para isso, Moro teria de decidir sobre 16 ações penais em curso no período de cinco meses. Em dois anos e quatro meses de Lava Jato, proferiu 20 sentenças; outros sete processos estão suspensos e 12 foram desmembrados, mostra o
Estadão. Caso a média atual seja mantida, o juiz só poderá encerrar sua participação no julgamento desses processos em 2018.
Segundo a reportagem, os investigadores da força-tarefa consideram viável o cumprimento da meta pelo juiz, já que o julgamento do núcleo político, com detentores de mandato, caberá ao Supremo Tribunal Federal (STF), no caso de parlamentares e ministros, e ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), no caso de governadores e outras autoridades com foro naquela corte. Mas o Ministério Público Federal em Curitiba ainda negocia acordos de colaboração premiada, o que deve aumentar a fila das ações que cairão nas mãos do juiz federal. É o caso, por exemplo, dos empreiteiros Marcelo Odebrecht, do Grupo Odebrecht, e de Léo Pinheiro, da OAS, e dos publicitários João Santana e Mônica Moura, que admitiram em depoimento ter recebido recursos de caixa dois na campanha de Dilma.
A intenção de concluir sua participação na Lava Jato este ano, lembra o
Estadão, foi manifestada por Moro em 14 de julho, durante palestra que proferiu no Brazil Institute do Wilson Center, em Washington, nos Estados Unidos. "Minha parte pode ser (encerrada) no fim ano, mas não posso dizer com certeza", afirmou o magistrado na ocasião.
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