[caption id="attachment_299185" align="aligncenter" width="580" caption="Christine Lagarde anunciou que o FMI publicará um relatório sobre o impacto da corrupção no crescimento econômico"]
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[fotografo]Marcello Casal/Agência Brasil[/fotografo][/caption]
A diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, disse nesta quarta-feira (22), em Valência, na Espanha, que a corrupção, evasão fiscal, financiamento do terrorismo e a exclusão financeira são os grandes desafios da economia global.
Em um discurso inaugural diante do plenário do Grupo de Ação Financeira contra lavagem de dinheiro, ela pediu para "intensificar a luta contra a corrupção e evasão fiscal". Na sua opinião, o efeito dominó que provoca a falta de pagamento de impostos é um fator importante para um "descontentamento popular e instabilidade econômica".
A evasão fiscal, lembrou, faz com que "aumente a dívida pública e diminua o investimento em educação, saúde e outros serviços públicos. Significa mais desigualdade, já que os mais vulneráveis são os mais afetados pela forte queda das despesas sociais".
Christine Lagarde anunciou que o FMI publicará um relatório sobre o impacto da corrupção no crescimento econômico e elogiou o trabalho do Grupo de Ação Financeira, presidido pelo espanhol Juan Manuel Vega-Serrano, a favor da transparência.
Sociedades opacas
Neste sentido, lembrou Lagarde, revelações como
Panama Papers, sobre o complexo sistema de sociedades opacas para ocultar capitais, demonstram a importância de apoiar este trabalho.
A diretora do FMI também fez apelou para "afogar os fluxos financeiros" que alimentam o terrorismo no mundo e pediu um maior trabalho de capacitação e o entendimento de novas tecnologias financeiras, como as moedas virtuais.
Neste sentido, lembrou que o chamado
fintech (nova tecnologia financeira) é uma "faca de dois gumes", que pode ser utilizada por redes terroristas, mas também pode ajudar na linha de defesa contra elas.
Outro ponto destacado por Lagarde foi a necessidade de evitar a exclusão de pessoas em países em desenvolvimento do sistema bancário, pedindo melhores estruturas reguladoras.
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