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Congresso em Foco
10/09/2017 | Atualizado às 09h18
<<Temer recebeu e negociou propina, diz FunaroNovas denúncias Em sua última semana à frente da PGR, Janot planeja apresentar uma segunda denúncia contra o presidente e outra contra o núcleo do PMDB na Câmara, na qual pretende incluir Temer entre os cabeças do grupo. A cúpula do partido no Senado, encabeçada, entre outros, por Romero Jucá (RR), Renan Calheiros (AL) e Jader Barbalho (PA), foi denunciada por organização criminosa na última sexta-feira (8). O grupo é acusado de receber mais de R$ 860 milhões em propina e de causar prejuízo de R$ 5 bilhões à Petrobras. Funaro também contou que repassou R$ 20 milhões em propina para as campanhas de Gabriel Chalita à prefeitura de São Paulo, em 2012, e de Temer a vice-presidente, em 2014. Nesse caso, segundo ele, o pagamento foi feito em troca da liberação de recursos do FI-FGTS para obras de interesse da BRVIAS, da família Constantino, e para a LLX, de Eike Batista. "Ambas por orientação/pedido do presidente Michel Temer", disse. Confabulações O delator afirmou aos procuradores ainda que Temer e o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) "confabulavam diariamente" pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Segundo relato da revista Veja, na véspera da votação de aceitação do processo na Câmara, o então presidente da Câmara enviou mensagem a Funaro questionando se ainda havia recursos disponíveis para a compra de votos necessários para a abertura do processo na Casa. O doleiro conta que viabilizou o dinheiro.
<< Funaro diz ter entregue R$ 11,4 milhões em dinheiro a GeddelEm outro trecho da delação, o operador declarou que, ainda em 2015, dias após a Polícia Federal (PF) ter feito apreensões nos endereços dele, o empresário Joesley Batista, da JBS, o chamou para uma conversa em São Paulo. O encontro ocorreu na casa de Joesley. Os dois, na época, selaram "pacto de proteção mútua", narra Veja. Segundo o delator, Joesley prometeu a ele R$ 100 milhões em troca de seu silêncio. Desde então, contou, o empresário começou a fazer os repasses em parcelas. De acordo com a delação, pelo menos R$ 4,6 milhões foram repassados por meio do irmão de Funaro. O dinheiro parou de chegar às mãos do doleiro quando Joesley decidiu fazer delação. Em março, o empresário gravou uma conversa com Temer, na qual contou, de forma cifrada, que pagava uma mesada a Eduardo Cunha e a Lúcio Funaro para que eles ficassem calados sobre o esquema de corrupção na Petrobras. Diante da informação, Temer declarou: "Tem que manter isso, viu?".
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