Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
05/12/2017 | Atualizado às 12h59
<< Boulos: cerco a Lula é ingratidão das elitesO líder do MTST cumpriu agenda apertada nos dois em que esteve em Santa Catarina. Na quarta, 28 de novembro, se encontrou com dirigentes do Psol e ministrou aula magna na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com o tema "Democracia ou Barbárie". Na sexta (30), discursou no Congresso Estadual do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimento de Saúde Pública Estadual e Privado de Florianópolis e Região. Pregando unidade da esquerda e a busca por uma identidade nas ruas, o líder dos sem-teto evitou falar de sua possível candidatura pelo Psol, partido ao qual ainda sequer está filiado. Além disso, defendeu que a apresentação de nomes sem programas é "uma lógica às avessas". "Esse debate [sobre sua candidatura] no MTST não está colocado neste momento. Eu tenho discutido com dirigentes do Psol. Evidentemente temos tido conversas e elas são públicas. Mas nós achamos que antecipar esse debate não tem ajudado em nada, esse momento é para focar na reforma da Previdência, na luta social e discutir projeto de país, não para adiantar questão eleitoral. O debate de 2018 tem que ser deixado para 2018", respondeu. Questionado se estaria sofrendo pressão do PT ou de Lula para não sair candidato, afirmou que sua proposta, neste momento, busca a reorganização da esquerda e que nunca houve pressão. "Eu faço parte do movimento social, sou dirigente do MTST, tenho bom diálogo com dirigentes do Psol, assim como tenho bom dialogo com muita gente no PT. Não é em termos de pressão que isso se coloca. Até porque, isso para nós não funciona e não faz sentido", disse. Divisão da esquerda A defesa do nome de Boulos pelo Psol ganhou força, principalmente, após o deputado Chico Alencar (Psol-RJ) declinar da possibilidade de disputar o Palácio do Planalto, gerando ambiente favorável para as alas que veem no líder dos sem-teto a chance de propor novas propostas na pauta eleitoral. Um dos principais militante do Vamos, plataforma inspirada no Podemos, da Espanha, e a Geringonça, de Portugal, Boulos diz que a estratégia política para 2018 vai além do resultado das urnas. Sua proposta tenta criar um movimento de mobilização nacional por mudanças pautadas na agenda social, mas que esbarra nas candidaturas de Lula, com quem chegou a se reunir pessoalmente no mês de novembro, e de Manoela D'Ávila, que promete entrar na corrida pelo PCdoB. "Se a esquerda aprendeu alguma coisa com o golpe é o fato de que ganhar a eleição não resolve todos os problemas. Eleição não é uma panaceia. A Dilma ganhou a eleição e resolveu o quê? Tomou um golpe um ano depois", disparou Boulos, que defendeu a criação de um ambiente de debates antes da apresentação de nomes. "O Vamos não está pautado pelo calendário eleitoral. Isso não quer dizer que a gente exclua o algum tipo de participação eleitoral. Isso tem sido feito, inclusive de forma até pública, mas o foco não é em função dessa agenda".
<< Boulos: Minha Casa Minha Vida atende mais "aos interesses privados" << Moro defende vazamento de diálogo entre Lula e Dilma e revolta petistas
Tags
Temas
SEGURANÇA PÚBLICA
Guardas municipais comemoram decisão do STF sobre policiamento