[caption id="attachment_325506" align="aligncenter" width="425" caption="Policiais civis e militares respondem por cerca de mil casos de corrupção e organização criminosa analisados pelo Ministério Público Estadual"]

[fotografo]Tomaz Silva/ABr[/fotografo][/caption]De cada dez denunciados por crime organizado no Rio de Janeiro, dois são ou foram policiais militares ou civis. Os dados são de levantamento divulgado nesta segunda-feira (26) pelo jornal
O Globo. Desde que foi criado em 2010, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público estadual, já denunciou 5.219 criminosos. Desses, 1.030 (20%) são ou eram servidores da área de segurança. Entre eles, 826 PMs e ex-PMS. Eles respondem por crimes de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, corrupção, extorsão, homicídio, estelionato, entre outros.
Policiais civis responsáveis por investigações e até agentes penitenciários que deveriam, por regra, garantir que, uma vez preso, o criminoso perdesse o contato com seu bando e não oferecesse mais risco a quem quer fosse, também são investigados pelo Gaeco. Entre os investigados, estão 158 policiais civis, 38 bombeiros militares, 3 agentes penitenciários e 5 homens das Forças Armadas.
Segundo
O Globo, além dos problemas de ordem material, que envolvem escassez de recursos, há ainda o corporativismo, que muitas vezes prejudica o andamento das denúncias, e uma legislação que beneficia denunciados em cargos de chefia ou de patentes mais altas, quando são militares.
De acordo com a reportagem, para cuidar das investigações sobre suspeitas que envolvem uma tropa de 45 mil homens no estado, a Corregedoria da PM do Rio tem oito delegacias de Polícia Judiciária Militar. O Ministério Público estadual dispõe de três promotores que atuam na Auditoria de Justiça Militar, a única vara especializada no Tribunal de Justiça para julgar os crimes dos militares fluminenses.
>> Veja a reportagem do Globo