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Congresso em Foco
04/07/2018 | Atualizado às 21h37
Antecipadamente, a Petrobras e a ANP deverão publicar as motivações técnicas, econômicas e jurídicas sobre as quais basearam suas decisões. A estatal brasileira não precisará licitar a transferência dessas titularidades. Licitações Outro ponto tratado no substitutivo se refere às regras de licitações e contratos. Quando a Petrobras participar de consórcios operados por ela, não será necessário seguir o regime de licitação e contratos definido no estatuto jurídico das sociedades de economia mista, previsto na Lei 13.303/16. Isso valerá para as contratações de bens e serviços para atender a demandas exclusivas desses consórcios. Produção Somente para o segundo semestre de 2018, a Petrobras prevê a entrada em operação de mais cinco navios-sonda para extração do petróleo da cessão onerosa, com capacidade de produção maior que 1 milhão de barris por dia. De acordo com o Plano Decenal de Expansão de Energia 2026, a produção sob o regime de cessão onerosa passa de zero, em 2017, a 1,7 milhão de barris de petróleo por dia em 2026, sem considerar o volume excedente da cessão onerosa. Como funciona Quando da formalização do contrato de cessão onerosa, a Petrobras também passou por um processo de capitalização, com emissão de novas ações. No total, a empresa contou com aumento de capital de R$ 80 bilhões pela União e por outros entes federais e com R$ 40,2 bilhões dos acionistas privados. Por isso, descontando-se os R$ 74,8 bilhões da cessão pagos à União, ainda ficou com um aumento líquido de R$ 45,178 bilhões, excluídas comissões de R$ 263 milhões. Entretanto, após decorrido o tempo previsto para a revisão das condições dessa cessão, a empresa argumenta que houve grande desvalorização do barril do petróleo no período e quer ser ressarcida. O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, reconhece que a estatal sai credora no processo de revisão do contrato, mas os valores ainda não estão definidos, podendo girar em torno de 1 a 2 bilhões de barris, segundo tem noticiado a imprensa. Critérios de revisão Nesse sentido, o texto de Coelho Filho define alguns parâmetros para o cálculo dessa revisão, permitindo o pagamento em dinheiro ou em barris de petróleo a serem extraídos da própria área de cessão onerosa, superando o limite de 5 bilhões. Os valores mínimos do índice de nacionalização dos bens e serviços (conteúdo nacional) não terão mais metas para seu aumento ao longo do período de exploração dessas áreas, como previsto na lei atualmente. Para a revisão, deverão ser considerados os prejuízos fiscais acumulados, os preços de mercado descontados das expectativas de inflação projetadas desde o momento do contrato até a revisão e o preço futuro do petróleo. Além disso, devem entrar na conta a amortização fiscal do bônus de assinatura e a depreciação de ativos. De acordo com o substitutivo, a revisão será feita com fundamento em laudos técnicos elaborados por entidades certificadoras independentes, aplicando-se a média das estimativas de gastos desses laudos se houver divergência no cálculo dos gastos da Petrobras. Barris em dólar Um dos pontos de discórdia entre o governo e a Petrobras nessa revisão era a cotação do pagamento dos barris em dólar. Em razão disso, o governo queria tributar os ativos também em dólar, mas a Petrobras alega que a legislação brasileira não prevê tributação em moeda estrangeira. Por outro lado, o relatório de Coelho Filho determina que a atualização monetária a ser aplicada aos gastos considerados nessa revisão será feita pela média aritmética dos índices de preços ao produtor e ao consumidor utilizados no mercado dos Estados Unidos. O texto prevê ainda que, caso seja acertada a devolução de áreas pela Petrobras à União, assegurada a manutenção do volume da cessão onerosa (5 bilhões de barris) ou outro valor após a revisão, essa devolução ocorrerá no momento da celebração do contrato oriundo da nova licitação dessas áreas, dentro do montante do excedente de óleo. De qualquer forma, o relatório exige que a Petrobras seja ressarcida também pelo diferimento do fluxo de caixa decorrente dessa devolução, ou seja, pelo adiamento da entrada de recursos em seu caixa. Esse pagamento poderá ser feito em direitos de exploração, com aumento do limite de exploração da área sob cessão onerosa.Base e oposição travam guerra de versões sobre exploração de cinco bilhões de barris de petróleo
Cinco bilhões de barris: leia a íntegra do texto sobre a cessão onerosa da Petrobras
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