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Congresso em Foco
24/09/2018 | Atualizado às 10h37
Depois de postar fake news com acusações a Marielle, Fraga diz que "esquerda" quer torná-la "mártir"
Segundo as investigações da Regin e a posterior acusação da Procuradoria-Geral da República (PGR), coube ao então motorista de Fraga, Afonso Andrade Moura, repassar ao deputado o dinheiro da propina. Afonso foi condenado a três anos e dois meses de cadeia em regime aberto, punição abrandada porque ele não estava formalizado como servidor público. A pena deve ser convertida em duas providências de restrição de direito. De acordo com a denúncia, áudios obtidos com autorização judicial mostram Alberto Fraga reclamando, em 2009, que seu subsecretário recebia valores mais altos de uma cooperativa do que ele, que era o chefe da pasta, em troca de favorecimento em processo licitatório de substituição das vans por micro-ônibus. "Agora tá explicado, as coisas acontecendo e eu com cara de babaca aqui, entendeu? E o cara, você veja, o cara ganhou com isso aí, o que acontece? Ele ganhou muito mais dinheiro, vamos dizer assim, do que o próprio secretário", diz o deputado no áudio divulgado pela Rede Globo em 2017. Segundo a PGR, Fraga, o ex-subsecretário de Transportes Júlio Urnau e o ex-assessor do então secretário José Geraldo de Oliveira Melo receberam da cooperativa um total de R$ 800 mil, em valores da época. A denúncia sustenta que o pagamento foi feito por meio de três parcelas - uma paga no estacionamento do Aeroporto Internacional de Brasília, outra no Zoológico da cidade e a última no Núcleo Bandeirante, cidade-satélite da capital federal. Despacho Na sentença, o magistrado Fábio Francisco Esteves entendeu que depoimentos prestados em juízo evidenciaram, "sem dúvidas, a exigência de indevida vantagem por parte do acusado Alberto Fraga para a Cooperativa, mais especificamente ao diretor, à época, Crispiniano [Espíndola Wanderley], tendo o pagamento sido feito em uma agência bancária no Gama, ao acusado Afonso, conhecido assessor de Fraga". O processo foi remetido à primeira instância pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em maio passado, depois de novo entendimento da Corte sobre foro privilegiado. Na ocasião, os ministros do STF entenderam que não mais terão direito ao privilégio deputados e senadores que tiverem cometido crime fora ou sem qualquer relação com o exercício do mandato. Versão de Fraga Fraga disse que a sentença é "ação política" para prejudicá-lo nas eleições deste ano. A decisão judicial veio a público poucas horas antes de um debate de que o deputado participou em Brasília nesta segunda-feira. "Se vocês acham que essa combinação produzida e armada vai me impedir de disputar a eleição, estão enganados. Eu vou vencer a eleição e governar com o povo, e não com essa máquina suja", vociferou o candidato, que ainda acusou seu adversário e desafeto político, Rodrigo Rollemberg (PSB), que tenta a reeleição, de envolvimento da sentença judicial. "O estranho é que Rollemberg já sabia da decisão judicial antes mesmo dos nossos advogados, e tentou explorar politicamente um fato do qual ainda cabe recursos, por ser uma decisão monocrática", acrescentou o deputado. "Não tenho medo do enfrentamento. Acusações sem provas não me abalam. Ao contrário de Rollemberg, eu não me escondo."STF manda duas ações penais contra Alberto Fraga para a primeira instância
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