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Congresso em Foco
05/11/2018 | Atualizado às 20h27
>> China anuncia a reabertura total do mercados às carnes brasileiras
Além da transferência da capital, Bolsonaro cogitou mudar também a embaixada brasileira de Tel Aviv, segunda maior cidade de Israel, para Jerusalém, dando-lhe o status de sede da representação do Brasil. As declarações enfureceram comunidades árabes mundo afora e já provocam prejuízo para atores envolvidos no encontro, como empresários brasileiros que já haviam desembarcado no Egito para acompanhar o ministro. Reportagem veiculada na tarde desta segunda-feira (5) no site do jornal Folha de S.Paulo informa que, segundo relato de diplomatas, a Liga dos Países Árabes enviou nota à embaixada do Brasil no Cairo, capital do Egito, para manifestar repúdio às declarações de Bolsonaro. Além da comunidade árabe, membros do alto escalão do governo de Michel Temer (MDB) se irritaram com a postura do presidente eleito. A revolta tem explicação de ordem não só diplomática, mas também comercial. Os países árabes são, juntos, o segundo maior grupo comprador de proteína animal produzida no Brasil. No ano passado, as exportações brasileiras para o mundo árabe somaram 13,5 milhões de dólares, em um contexto em que o superavit brasileiro foi de 7,1 bilhões de dólares. Imbróglio chinês Essa não é o primeiro ruído diplomático que Bolsonaro gera com suas palavras nos últimos dias. Nos últimos dias, o governo chinês também reagiu a uma declaração do deputado fluminense sobre a conduta comercial do país asiático diante do mundo. Na linha do que tem dito o presidente norte-americano Donald Trump mesmo antes de ser eleito, em novembro de 2016, Bolsonaro classificou a China, ainda durante a campanha, como um "predador que busca dominar setores-chave da economia brasileira". Maior parceiro comercial do Brasil, a China usou seu veículo oficial de imprensa em língua inglesa para advertir Bolsonaro. "O custo econômico pode ser duro para a economia brasileira, que acaba de sair de sua pior recessão na história", diz trecho de editorial chamado "Não há razão para que o 'Trump Tropical' revolucione as relações com a China", publicado na semana passado pelo jornal estatal China Daily. Uma visita recente de Bolsonaro a Taiwan, república considerada como uma cidade rebelde pela China, A advertência parece ter surtido efeito. Hoje (segunda, 5), depois de ter recebido em sua casa no Rio de Janeiro os embaixadores da China e da Itália, Bolsonaro amenizou o discurso e disse que as relações comerciais entre Brasil e China podem ser ampliadas em seu governo. Empresários chineses estão "em compasso de espera" por sinalizações de Bolsonaro antes de fechar novos negócios, declarou nesta segunda-feira o presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China, Charles Tang, à agência Reuters.>> Embaixador da Itália diz que conversou com Bolsonaro sobre extradição de Battisti
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