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Congresso em Foco
12/03/2019 | Atualizado às 13h19
>> PSL de Minas recorreu até ao TSE para tentar validar a candidatura de laranja
Zuleide fez denúncia sobre a oferta à Justiça eleitoral ainda em 19 de setembro, mas recebeu de volta apenas uma resposta protocolar. Ela conta que foi instada pelo ministro, que também presidia o diretório estadual do PSL a assinar requerimento de solicitação da verba, endereçado ao então presidente nacional do partido, Gustavo Bebianno. "Ele [ministro] disse pra mim assim: 'Então a gente vai fazer o seguinte: você assina a documentação, que essa documentação é pra vir o fundo partidário pra você. (...) Para o repasse ser feito, você tem que assinar essa documentação. E eu repasso a você R$ 60 mil, e você tem que repassar pra gente R$ 45 mil. Você vai ficar com R$ 15 mil para sua campanha. E o material é tudo por nossa conta, é R$ 80 mil em materiais'", afirma Zuleide. A ex-candidata diz que não sabe se algum dinheiro foi depositado porque o controle das contas bancárias ficou com os dirigentes do partido. Oferta de cargo A Folha teve acesso a e-mails e mensagens de áudio trocadas por ela com cinco dirigentes do PSL mineiro, incluindo um recado escrito por Rodrigo Brito, então assessor parlamentar de Marcelo Álvaro Antônio. "Marcelo [Álvaro Antônio] ofereceu um monte de coisa", diz Zuleide, afirmando que o ministro prometeu que ela ganharia uma vaga na Funai ou na secretaria de Saúde da região. A Justiça eleitoral, porém, negou o registro de candidatura de Zuleide por causa de uma condenação transitada em julgada, em 2016, por uma briga dela com outra mulher. "Eles já sabiam que não ia dar em nada [a candidatura, por ser ficha suja]. Hoje eu sei que eles sabiam que não iam aparecer meus votos, que eu não ia conseguir concorrer às eleições porque eu estava com os direitos políticos suspensos. Eles sabiam de tudo isso. Ele quis falar para mim que não ia dar em nada [a condenação não seria problema] pra mim poder preencher a chapa", contou. De acordo com o jornal, ela diz que recebeu 25 mil santinhos em que divide espaço com Marcelo Álvaro Antônio em 25 de setembro. Nem o PSL de Minas nem o PSL nacional declararam à Justiça gastos com a candidata. Laranjal Série de reportagens da Folha mostrou que um grupo de quatro candidatas do partido recebeu R$ 279 mil, tendo tido votação ínfima. Parte desse dinheiro voltou para empresas de pessoas ligadas ao gabinete do hoje ministro. Uma quinta candidata afirmou ter sido pressionada por dois assessores de Álvaro Antônio a devolver parte dos R$ 60 mil que recebeu da verba do PSL e que o ministro sabia de tudo. O ministro diz não se lembrar dos encontros com Zuleide. Ele nega ter oferecido dinheiro do fundo partidário à ex-candidata. "Em setembro, Marcelo Álvaro Antônio recebeu diversos pré-candidatos e eleitores na sede do PSL. Ele não se lembra ter se reunido especificamente com a sra, Zuleide. O ministro jamais ofereceu ou pediu a devolução de qualquer valor, seja do fundo eleitoral ou de qualquer outra fonte, à sra. Zuleide", respondeu por meio de sua assessoria. Ele também afirma que é alvo de perseguição política do jornal.>> PSL comprou 10 milhões de panfletos por duas candidatas a 48 horas da eleição
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