[caption id="attachment_323175" align="aligncenter" width="425" caption="Boulos, à direita, lidera frente de apoio a Lula que organizou protestos em defesa do ex-presidente na semana passada"]
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[fotografo]Ricardo Stuckert/Instituto Lula[/fotografo][/caption]O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST),
Guilherme Boulos, criticou a declaração da presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, de que rever a prisão em segunda instância por causa do ex-presidente Lula seria
"apequenar" a corte. Boulos acusou o Supremo de se omitir a respeito da condenação de Lula.
"Ministra Cármen Lucia, 'apequenar' o STF é se omitir diante de uma condenação sem provas e com evidente viés político", escreveu Boulos no Twitter.
Ele é cotado como um possível nome do Psol para disputar a Presidência da República em outubro e lidera a frente Povo Sem Medo, que coordenou os protestos durante o julgamento do petista em Porto Alegre na semana passada.
Em conversa com jornalistas e empresários nessa segunda-feira (29), Cármen rejeitou a hipótese de o Supremo rever a liberação do cumprimento de pena para os condenados em segunda instância, a exemplo do ex-presidente.
"Não creio que um caso específico geraria uma pauta diferente. Isso seria realmente apequenar o Supremo", disse a ministra durante evento promovido pelo
site Poder 360.
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Ela negou que tenha tratado do assunto com colegas do Supremo e ressaltou que não tomará a iniciativa de rever a o caso. "Não tem previsão de pauta para isso. Não há pauta definida para um caso específico que geraria uma situação", afirmou. "Se acontecer de alguém levar em mesa, é outra coisa, não é pauta do presidente", acrescentou.
Desde 2016 o STF permite a prisão de condenados em segunda instância, a exemplo de Lula. O ex-presidente teve a pena elevada de 9 para 12 anos de prisão na semana passada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá (SP).
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