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Congresso em Foco
21/03/2018 | Atualizado às 17h34
Ministro é relator de cinco ações na Corte que tratam do auxílio-moradia concedido a magistrados
<< Dona de dois apartamentos no Leblon, filha de Luiz Fux recebe auxílio-moradia de R$ 4,3 milO julgamento das ações estava marcado para amanhã (quinta, 22). No entanto, na tarde desta quarta-feira (21), véspera do julgamento, o magistrado acatou pedido da Associação dos Magistrados do Brasil (AMB), que é a favor do benefício, e retirou o tema de pauta. A entidade de magistrados pediu mais tempo sob o argumento de que tentaria uma conciliação entre as partes que ingressaram com a ação antes do julgamento em plenário. Com a decisão, o tema será encaminhado para conciliação em âmbito administrativo, por intermédio da Câmara de Conciliação e Arbitragem da Administração Federal, órgão ligado à Advocacia-Geral da União (AGU). Ao determinar a conciliação em vez do julgamento, Fux argumentou que "deve o Poder Judiciário respeitar e respaldar a autonomia de cada uma das partes processuais, liberando-as para que se utilizem dos canais institucionais adequados para o alcance de solução juridicamente válida para a controvérsia em discussão". A AMB, autora de seis ações, quer que o pagamento do auxílio-moradia, hoje no valor de R$ 4,3 mil, seja considerado um direito adquirido, previsto na Lei Orgânica da Magistratura (Loman), devendo assim ser pagos a todos os juízes e desembargadores do Brasil, mesmo nos casos em que se tenha residência própria na cidade em que trabalham. Na semana passada, juízes federais de todo o país promoveram uma paralisação de um dia em defesa do auxílio-moradia.
<< Com salário inicial de R$ 27,5 mil, juízes e procuradores dizem que paralisação é por "dignidade remuneratória"Benefícios Desde setembro de 2014, os juízes federais do país têm direito a receber um auxílio-moradia de R$ 4.378. A determinação veio por meio de liminares deferidas por Fux. Segundo a decisão, todos os magistrados têm o direito de receber o benefício, exceto nos casos em que haja uma residência oficial à disposição na localidade em que atuam. Isso vale até mesmo para a cúpula do Judiciário. Mesmo com um salário mensal de R$ 32.075, um dos mais altos da República, ministros de tribunais superiores também embolsam o auxílio. Devido ao princípio da isonomia, outras carreiras jurídicas passaram a usufruir do benefício, por exemplo, procuradores da República, promotores de Justiça e juízes estaduais. Tudo isso tem um alto custo. Um cálculo feito pela ONG Contas Abertas aponta que, de setembro de 2014 até dezembro do último ano, o auxílio-moradia custou à União e estados R$ 5,4 bilhões. Para chegar a esse montante, a ONG considerou que os benefícios se destinam a um universo de cerca de 30 mil pessoas, entre 17 mil magistrados e 13 mil membros do Ministério Público.
<< Com imóveis em Brasília, Gilmar Mendes usa casa da União << Integrantes da PGR e do TCU recebem auxílio-moradia mesmo tendo imóvel em Brasília
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