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Congresso em Foco
06/07/2018 | Atualizado às 11h32
Nos bastidores, dirigentes dos quatro partidos do centrão dizem que o PR não poderá retornar ao grupo, em caso de derrota de Bolsonaro, depois de ter formado chapa com o ex-capitão do Exército. Mas Valdemar, político experiente e conhecedor dos mecanismos de negociações pré-campanha, também visa reforçar a bancada do PR na Câmara e no Senado - algo que, avalia o ex-deputado, Bolsonaro pode viabilizar -, mesmo com o risco de não conseguir ajudar a eleger o próximo presidente da República. Como o Congresso em Foco mostrou ontem (sexta, 6), a bancada de apoio a Bolsonaro na Câmara já é maior que a de qualquer partido, embora muitos não declarem publicamente a adesão. Levantamento do site apontou que pelo menos 65 deputados admitem - a maior parte deles, com a garantia de preservação dos seus nomes - que estarão com Bolsonaro na disputa presidencial. O número supera os 61 integrantes da maior bancada partidária da Câmara, que é a do PT. O próprio pré-candidato e seus seguidores difundem um cálculo bem superior. Incontinência verbal A despeito dos movimentos contrários, Bolsonaro diz que a aliança com o PR está bem encaminhada. Para que o partido bata o martelo em favor do apoio ao PSL, sequer é exigido que o senador Magno Malta (ES) seja o vice da chapa presidencial, desde que Bolsonaro indique alguém do PR para a vaga. Magno cogita tentar a reeleição ao Senado. Mas o otimismo em relação à parceria pode ser minado dentro do próprio PR. Segundo a coluna "Painel" (Folha de S.Paulo), dirigentes do partido contrários à aliança vão aproveitar derrapadas de Bolsonaro para viabilizar aproximações com outros pré-candidatos. Hoje (sábado, 7), um grupo do PR se reúne com a presidente do Podemos, deputada Renata Abreu (SP), principal articuladora da campanha do senador Álvaro Dias (PR), também postulante da cadeira principal do Planalto. "Esse grupo acha que Valdemar Costa Neto não se aliaria ao PSDB e vê em Dias uma alternativa à direita que seria palatável ao partido", diz trecho do texto da colunista Daniela Lima. A nota faz menção à fala de Bolsonaro durante evento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), quando o ex-capitão disse que colocaria militares em ministérios antes ocupados pelo que ele classificou como "terroristas ou corruptos". "Ao nominar as pastas que pretende entregar às Forças Armadas, Bolsonaro citou o Ministério dos Transportes, que é feudo do PR há anos, desde a era petista", acrescentou a coluna.
Bancada de Bolsonaro na Câmara já é maior que a de qualquer partido
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