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Congresso em Foco
03/12/2018 | Atualizado às 11h13
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Moro disse ainda que não foi seduzido pelo poder ao aceitar o convite de Bolsonaro para sua equipe ministerial. "Durante estes quatro anos [de atuação na Lava Jato], me perguntei se não tinha ido longe demais na aplicação da lei, se o sistema político não iria revidar. Esse caso ia chegar ao fim, e era preciso que gerasse mudanças institucionais. Me senti tentado pela possibilidade de fazer algo mais significativo, não pela posição de poder", completou o ex-magistrado, que também é cogitado, mais adiante, para postos como o Supremo Tribunal Federal e para própria disputa presidencial - algo que, por ora, ele não discute.
Veja o pronunciamento de Moro: Ainda segunda a Folha, Moro foi apresentado por Vargas Llosa na abertura do evento como "juiz desconhecido que, com grande coragem e conhecimento das leis brasileiras, iniciou uma campanha eficiente de combate à corrupção respaldada pela população". O prêmio Nobel de literatura disse ainda que Bolsonaro é recorrentemente classificado pela imprensa internacional como "líder de extrema direita, inimigo das conquistas democráticas e liberais, em suma, um fascista" - nesse ponto da intervenção, a plateia riu quando o escritor disse não acreditar que mais de 50 milhões de brasileiros, referência aos eleitores de Bolsonaro, tenham se tornado fascistas. Moro aproveitou e defendeu seu futuro chefe dos "equívocos" relativos a imagem. "Não vislumbro no presidente traço de autoritarismo. O próprio reiteradamente afirmou seu compromisso com a democracia e com o Estado de Direito. Era o principal candidato opositor [o petista Fernando Haddad] que, a rigor, tinha propostas de controle social da imprensa e do Judiciário", afirmou. A partir de 2019, Moro terá à sua disposição o maior orçamento do Ministério da Justiça nesta década. Além disso, estará à frente de uma superestrutura que, além das pastas da Justiça e da Segurança Pública, reunirá órgãos como o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que hoje é vinculado ao Ministério da Fazenda. Ao falar sobre seu escolhido para encabeçar a luta anticorrupção, Bolsonaro se dirigiu a "corruptos" e disse que Moro, que antes "pescava com uma varinha", passaria a fazê-lo "com rede de arrastão.> "A imprensa comprava tudo", diz ex-assessora de Sergio Moro na Lava Jato
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