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Congresso em Foco
13/02/2019 | Atualizado às 08h45
Brumadinho mostra que é preciso fortalecer, não flexibilizar o licenciamento ambiental
Segundo a Folha, a Vale estimava que um eventual colapso provocaria mais de cem mortes -até o momento, as autoridades contabilizam 165 mortos e 155 desaparecidos. A maior parte das vítimas estava no refeitório e na sede administrativa da mina do Córrego do Feijão, onde está a barragem que se rompeu. De acordo com a reportagem, o estudo da Vale, chamado Resultados do Gerenciamento de Riscos Geotécnicos, previa que os custos de um eventual rompimento na barragem 1 da Mina do Córrego do Feijão poderiam chegar a US$ 1,5 bilhão (cerca de R$ 5,6 bilhões, ao câmbio atual). Entre as causas prováveis de rompimento apontadas pelo estudo estão a erosão interna ou a liquefação. Além de Brumadinho, também são citadas no documento as barragens de Laranjeiras (em Barão de Cocais), Menezes 2 e 4-A (em Brumadinho), Capitão do Mato, Dique B e Taquaras (Nova Lima) e Forquilha 1, Forquilha 2, Forquilha 3 (Ouro Preto).Alcolumbre lê em plenário pedido de CPI do Senado para investigar tragédia de Brumadinho
A Folha diz que a análise de estabilidade exigida pela legislação atestou as condições de segurança da barragem que se rompeu, mas indicou uma série de problemas que deveriam ser resolvidos pela mineradora. A Vale afirma em nota que "os estudos de risco e demais documentos elaborados por técnicos consideram, necessariamente, cenários hipotéticos para danos e perdas". A mineradora alega que "não existe em nenhum relatório, laudo ou estudo conhecido qualquer menção a risco de colapso iminente da barragem" e que a estrutura tinha "todos os certificados de estabilidade e segurança". De acordo com a Vale, a "zona de atenção" compreende barragens em que os técnicos apontaram recomendações, mas não risco iminente. A empresa afirma que ainda não é possível identificar as causas da tragédia, investigadas por uma comissão formada por especialistas internacionais. A Vale diz que está fazendo um levantamento das áreas habitadas próximas às suas barragens, mas que ainda não há um plano para reduzir o dano potencial em eventuais colapsos.Tags
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