Recesso branco termina na terça-feira (6).
[fotografo] Roque de Sá/Agência Senado [/fotografo]
As atividades legislativas da Câmara dos Deputados e do Senado
voltam na próxima terça-feira (6). Na mesma data será retomada a votação da reforma da Previdência na Câmara, que ainda falta ser aprovada em 2º turno.
O deputado federal Samuel Moreira (PSDB-SP), que é relator da proposta de Previdência em tramitação na Câmara, afirma que a volta do recesso não será afetada pela escalada de declarações do presidente Jair Bolsonaro.
"Acredito que teremos um ambiente de normalidade no que se refere a reforma. Não vejo alteração no quadro, até o momento. Penso que só teremos a radiografia completa a partir de segunda feira com o retorno dos líderes e dos deputados", disse ao
Congresso em Foco.
>Previdência: o voto de cada deputado
Em dez dias, Bolsonaro afirmou que
não existe fome no Brasil, defendeu represar recursos para
governadores do Nordeste, prometeu
cortar recursos do cinema brasileiro e atacou o
presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Felipe Santa Cruz.
Líderes de partidos do Centrão ouvidos pelo
Congresso em Foco também compartilham da opinião de que as reformas no Congresso não serão afetadas.
Depois de passar pela Câmara, a projeto que muda o sistema de aposentadorias vai ao Senado. A previsão da presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), senadora Simone Tebet (MDB-MS), é que a
reforma seja aprovada na primeira semana de outubro no Plenário do Senado.
Além da aprovação da Previdência, o líder do governo na Casa Legislativa, Major Vítor Hugo (PSL-GO), elencou como prioridades governistas projetos que tratam da independência do Banco Central, microcrédito, revisão do sistema bancário,reforma tributária, revisão do pacto federativo, saneamento básica e pacote anticrime.
Reforma tributária
Existem várias propostas diferentes que podem ser analisadas pelo Poder Legislativo. Uma que está em fase de elaboração pelo ministro da Economia,
Paulo Guedes, outra que é baseada em estudos do fiscalista Bernard Appy, que está em
análise na Câmara, e outra em
discussão no Senado, de autoria do ex-deputado
Luiz Carlos Hauly (PSDB-SC).
O 2º vice-presidente da Câmara e presidente do PSL,
Luciano Bivar (PE), também quer apresentar um projeto próprio de reforma do sistema tributário.
Para simplificar o processo de votação o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), se comprometeu em reunião com Bolsonaro a unificar todos os projetos em andamento.
>Maia e Bolsonaro negociam reforma tributária em única proposta
> Por Previdência, Alcolumbre reúne-se com governadores do Piauí e Goiás
O Senado volta sob pressão para analisar a indicação do deputado federal e terceiro filho do presidente da República,
Eduardo Bolsonaro, para embaixador do Brasil nos Estados Unidos.
O presidente da CRE (Comissão de Relações Exteriores), senador
Nelsinho Trad (PSD-MS), tem dito que a sabatina de Eduardo seguirá o rito normal e que
há seis outras indicações na fila.
Nos bastidores, o governo se movimenta para ter maioria na comissão. Senadores governistas articulam para trocar Antonio Anastasia (PSDB-MG) e
Mara Gabrilli (PSDB-SP), membros titulares do bloco PSDB/PSL da CRE.
Os suplentes desse bloco partidário são
Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), Roberto Rocha (PSDB-MA) e
Soraya Thronicke (PSL-MS), todos favoráveis a indicação de Eduardo.
>Governo confirma consulta aos EUA sobre indicação de Eduardo Bolsonaro