A decisão foi tomada pelo presidente nacional do União Brasil e pré-candidato do partido à Presidência da República, deputado Luciano Bivar (União-PE), nesta quinta-feira (9). Foto: Agência Brasil/Marcelo Camargo
O diretório nacional do PSL, que é comandado por
Luciano Bivar (PSL-PE), chamou de "tentativa de golpe ao povo brasileiro" a declaração de
Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) sobre uma possível volta do
AI-5. Em crise com o presidente Jair Bolsonaro, o diretório disse que repudia com veemência essa e qualquer outra "manifestação antidemocrática que, de alguma forma, considere a reedição de atos autoritários".
> Radicalização da esquerda justifica edição de novo AI-5, afirma Eduardo Bolsonaro
"Não podemos permitir que sejam abalados pilares democráticos caros, como a tolerância, a prática de aceitar o contraditório, as críticas e o trabalho importante da imprensa, que deve ser livre, sem amarras de qualquer tipo", diz a nota do diretório nacional do PSL, que é assinada pelo presidente nacional do partido,
Luciano Bivar, com quem Bolsonaro vem travando uma briga por espaço e poder dentro do PSL.
A nota ainda diz que "o PSL é contra qualquer iniciativa que resulte em retirada de direitos e garantias constitucionais" e ressalta que "a democracia não é negociável" no partido. "A simples lembrança de um período de restrição de liberdades é inaceitável. O Brasil demorou anos para voltar a respirar democracia e a eleger diretamente seus representantes, a um custo altíssimo, tanto para o Estado quanto para as vítimas do regime transitório", diz o PSL.
> Oposição vai pedir cassação de Eduardo Bolsonaro por defesa do AI-5
> Volta do AI-5 defendida por Eduardo Bolsonaro é inconstitucional, diz jurista
