Na tarde desta quarta-feira (4), o ministro da Ciência e Tecnologia,
Marcos Pontes, esteve na Câmara onde falou sobre a expansão da base de Alcântara, no Maranhão, conforme acordo entre
Brasil-EUA aprovado em novembro deste ano que permite a exploração comercial da base. Na ocasião, ele afirmou para deputados de quatro comissões (Cultura, Ciência e Tecnologia, Relações Exteriores e Direitos Humanos) que a expansão da base será discutida com as comunidades.
"É natural as pessoas terem medo. Medo da mudança. Mas o fato é que a gente quer prosseguir e ter sucesso em alguma coisa, a gente vai precisar provocar a mudança. Se a gente continuar fazendo as coisas da mesma maneira, a gente vai ter o mesmo resultado. Então a gente precisa provocar a mudança. E a mudança vai ser grande lá, mas vai ser positiva", disse Pontes.
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Segundo matéria do
Congresso em Foco,
na região vivem pelo menos 800 famílias que podem ser expulsas, conforme informações cedidas pela Coalizão Negra Por Direitos.
Segundo Pontes, após a aprovação do acordo a próxima etapa seria melhorar a infraestrutura local.
Para a deputada
Luiza Erundina (Psol-SP) , "há vazio de cumprimento de normas". Ela rebateu a fala do ministro, afirmando que as comunidades quilombolas ainda não foram ouvidas na região. "Isso é uma deficiência grave por conta de haver uma decisão de um órgão internacional, um órgão da ONU, que não foi atendida numa convenção da qual o país é subscritor", disse Erundina.
Pontes afirmou acreditar na adesão das famílias e prometeu mudanças "positivas". Ele disse ainda que o ano de 2020 será para se discutir a expansão da base com a população.
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*com informações da Agência Câmara.
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Campanha do Congresso em Foco no Catarse[/caption]