Líder do governo pretende articular para que versão final do pacote de gastos mantenha no imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil. Foto: Michel Jesus/ Câmara dos Deputados
Depois de muito embate a Câmara dos Deputados tem um novo líder da minoria. Como o
Congresso em Foco Premium adiantou que aconteceria, o cargo ficou com
José Guimarães (PT-CE). O petista comprou briga com o PDT, que defende a existência de um acordo prévio que lhe daria essa liderança. O regimento, porém, prevê que o maior partido que tenha posicionamento contrário ao da maioria terá a liderança da minoria, o que dá o cargo ao PT.
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"Agradeço à minha bancada, que me escolheu como líder neste ano. Em segundo lugar, agradeço a solidariedade dos partidos de oposição que confirmaram meu nome. Em terceiro, agradeço ao presidente da Casa,
Rodrigo Maia, que oficializou a minha liderança", disse Guimarães.
O petista aposta no diálogo com o Centrão, "a fim de impedir restrições de direitos previstas nas [propostas de emenda à Constituição] PECs que estão tramitando", ressalta.
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Ao PDT caberá a liderança da oposição, que ficará com
André Figueiredo (PDT-CE). O posto, porém, não dá direito a indicação de secretários, que são cargos comissionados. O clima entre os partidos é de racha intenso, pedetistas têm afirmado nos bastidores que ficou muito difícil a relação entre as siglas.
Racha na esquerda
Os partidos de oposição à esquerda ao governo de Jair Bolsonaro (sem partido) estão vivendo um momento de
separação dentro do Congresso Nacional. De um lado, a chamada ala progressista, composta por PDT, PSB, Rede, PV; do outro, PT, Psol e PCdoB. Esse racha está gerando desdobramentos que devem ser sentidos nas
eleições municipais e já podem ser observados em algumas votações dentro da Câmara dos Deputados.
O PSB, Rede e PV também estão incomodados com a tentativa do PT de agir hegemonicamente na esquerda brasileira. Isso gerou um movimento de formar um grupo autodenominado "frente progressista". PT, PCdoB e Psol estão fora dessa articulação.
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