Ministro da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos.[fotografo] Marcos Corrêa/PR[/fotografo]
Para angariar apoio aos seus candidatos na disputa pelos comandos da
Câmara e do
Senado, o Planalto abriu os cofres para 250 deputados e 35 senadores, segundo reportagem desta quinta-feira (25) do jornal
Estadão.
De acordo com a reportagem, o governo negociou R$ 3 bilhões em obras para os redutos políticos dos parlamentares contemplados.
A verba, cita a reportagem, é do Ministério do Desenvolvimento Regional, chefiado por
Rogerio Marinho. O
Estadão teve acesso a uma planilha interna, e até então sigilosa, comandada pelo ministro
Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo.

Segundo o jornal, o candidato de Bolsonaro à presidência da Câmara,
Arthur Lira (PP-AL), foi priorizado na divisão das verbas e deve receber R$ 109,5 milhões para distribuir a projetos a serem indicados por seus colegas de partido.
O ministro Ramos tem sido o braço direito do presidente
Bolsonaro na busca por apoio dos parlamentares aos candidatos do governo Arthur Lira, na Câmara, e
Rodrigo Pacheco (DEM-MG), no Senado.
Nesta quarta-feira (27), o presidente afirmou que "se Deus quiser" iria "participar e influir na presidência da Câmara".
Ao comentar a declaração de Bolsonaro, o presidente da Câmara,
Rodrigo Maia, (DEM-RJ), disse nesta quarta que alertou o ministro Ramos sobre as negociações pelo comando do Legislativo.
> Interferência de Bolsonaro na Câmara terá sequelas, diz Maia
