Senador Otto Alencar (PSD-BA) [fotografo] Jefferson Rudy/Agência Senado [/fotografo]
O senador
Otto Alencar (PSD-BA) prefere não dizer se os depoimentos coletados pela
CPI da Covid até o momento podem incriminar o presidente Jair Bolsonaro, mas acredita que todas as oitivas de aliados do Planalto não foram verdadeiras. "É uma corporação de mentirosos", disse ao
Congresso em Foco.
Até agora três forte aliados do presidente já depuseram à CPI. O ex-chanceler, Ernesto Araújo; o ex-secretário de Comunicação, Fábio Wajngarten e o ex-ministro da saúde, Eduardo Pazuello.
Para o congressista, a CPI está esclarecendo o que foi ignorado sobre a pandemia pelo governo federal. "Tem muita coisa, desde o negacionismo até aqui. O Pazuello fez tudo que o Bolsonaro mandou", afirmou.
"É lamentável um ministro se segurando para não dizer as coisas com clareza", enfatizou. Em crítica ao ex-ministro, o senador chamou Pazuello de "obtuso" e afirmou que duvida que
Jair Bolsonaro mandaria alguém de sua família para ser atendido pelo general. "Nem para medir uma temperatura. Ele usaria o lado do termômetro errado", ironizou o senador, que é médico e que questionou a capacidade de Pazuello, general especializado em logística, de cuidar da pasta da Saúde.
Mais cedo, senadores da base do governo classificaram o depoimento como "excelente" e "consistente".
Marcos Rogério (DEM-RO) disse que o grupo de senadores que se declararam independentes ou contra o governo na CPI da Covid começou a "perder de 7x1" quando acreditou que o ministro ia ficar calado no depoimento.
Flávio Bolsonaro, filho do presidente, disse que "ficou claro que o general agiu da melhor forma que podia. [...] A falta de oxigênio em Manaus foi falta de planejamento do estado. Quando acionaram o Ministério da Saúde, mesmo não sendo competência deles, foram atendidos", declarou ao site.
> Base do governo avalia como "excelente" e "consistente" fala de Pazuello
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