Markinhos Show com o então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello [fotografo]Markinhos Show via Twitter[/fotografo]
Após o presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), pedir no último dia (7) que senadores integrantes do colegiado justificassem o motivo das quebras de sigilos dos investigados na Comissão, o marqueteiro Markinhos Show que integrou o Ministério da Saúde na gestão de Eduardo Pazuello solicitou à CPI a suspensão da determinação da suas quebras de sigilo telefônico e telemático.
Em documento protocolado na Comissão, Marcos Eraldo Arnoud Marques justifica que o pedido da quebra de sigilo antes do seu depoimento ao colegiado "não guarda justo motivo, para ser efetivado neste momento".
"A agressiva e invasiva quebra de sigilos sem que antes haja a CPI me ouvindo e sem motivos específicos (não genéricos), configura excessiva medida neste momento". Markinhos destacou que vai comparecer ao Senado "espontaneamente" assim que for convocado.
Além disso, solicitou que a CPI respondesse sua solicitação até esta sexta-feira (9), e disponibilizou os seus contatos no ofício enviado aos senadores. Ele também informou que procurou a Comissão por meio de telefone, mas que não foi atendido.
O depoimento do ex-marqueteiro foi marcado no início dos trabalhos da CPI pelos senadores, mas foi desmarcado e não houve retorno da data em que a oitiva poderia acontecer. Neste momento, a CPI está focada em investigar as irregularidades das negociações das compras das vacinas Covaxin. O nome de Markinhos não tem sido citado.
No depoimento desta quinta-feira (8), os senadores permitiram que a ex-coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde, Franciele Fatinato, deixasse a sua condição de investigada para se tornar testemunha durante o depoimento. O senador Renan Calheiros (MDB-AL), disse que Fantinato teve as quebras de sigilo anuladas porque "convenceu a todos e deu declarações incisivas contra governo".
A solicitação das quebras de sigilo de Markinhos foi do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE). No requerimento aprovado pela CPI no dia 29 de abril, o parlamentar justifica que é necessário esclarecer de quem era as tomadas de decisão na comunicação do Ministério da Saúde. Até o momento os senadores não responderam a solicitação do ex-marqueteiro.
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