PSB e PDT apresentaram ações para quebrar o sigilo dos enconstros dos pastores envolvidos no escândalo do MEC com o presidente Jair Bolsonaro. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Dois partidos apresentaram, nesta quinta-feira (14), pedidos para quebrar o sigilo da ida dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura ao Palácio do Planalto. Os dois são suspeitos de comandarem um gabinete paralelo dentro do Ministério da Educação (
MEC),
cobrando propina de prefeitos para liberarem verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (
FNDE).
O conteúdo deste texto foi publicado antes no Congresso em Foco Insider, serviço exclusivo de informações sobre política e economia do Congresso em Foco. Para assinar, entre em contato com [email protected].
O
PSB entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF), solicitando uma medida cautelar para que Bolsonaro "se abstenha de mobilizar a norma excepcional de sigilo para proteção estratégica eleitoreira, de campanha ou que não evidencia qualquer interesse público".
Já o
PDT enviou uma representação à Procuradoria-Geral da República (
PGR) para quebrar o sigilo. "Urge rememorar ao presidente da República que sua agenda é pública, na medida em que exerce labor destinado à consecução das diretrizes traçadas pela Constituição, que foi batizada sob forte influência dos ares democráticos", alegou o partido.
Confira a íntegra do pedido do PDT:
O
sigilo dos encontros foi determinado sob a justificativa de que a divulgação dessa informação poderia colocar em risco a vida do presidente Jair Bolsonaro (PL) e de seus familiares. Segundo informações do jornal
O Globo, os pastores lobistas se
encontraram com o presidente ao menos quatro vezes.
O escândalo no MEC surgiu após denúncias apontarem a existência de um
gabinete paralelo no ministério e conversas gravadas do ex-ministro da Educação,
Milton Ribeiro, em que dizia
privilegiar pastores na distribuição de verbas. Ribeiro foi exonerado no
final de março.