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Congresso Nacional
Congresso em Foco
31/07/2023 | Atualizado às 08h46
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas retorna do recesso parlamentar a partir de terça-feira (1º). As atividades serão retomadas pela manhã com a oitiva do ex-diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Saulo Moura da Cunha, exonerado do cargo no início de junho pelo presidente Lula.
Saulo era o diretor da Abin em 8 de janeiro, quando apoiadores de Bolsonaro invadiram e depredaram a Praça dos Três Poderes, em Brasília. O militar, servidor de carreira da agência desde 1999, coordenou as ações de inteligência relacionadas à organização da Copa do Mundo em 2014 e das Olimpíadas em 2016, ambas realizadas no Brasil. A oposição acusa o ex-diretor da Abin de omissão, argumentando que a CPMI tem como objetivo investigar tanto as ações quanto as omissões em 8 de janeiro. Nessa lógica, a oposição deve usar o depoimento para explorar a tese de que o governo atual foi negligente em relação ao quebra-quebra. O principal argumento é a reportagem da CNN que mostrou o então ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Gonçalves Dias, entre manifestantes no Palácio do Planalto no dia dos atos golpistas. Outro argumento são as mensagens (informes) de Whatsapp enviados pela Abin a instituições de segurança e entidades do governo a partir do dia 6 de janeiro, que são vistos como alertas da chegada de grupos com intenções de ataques violentos à sede dos Poderes. O pedido de oitiva foi protocolado por parlamentares de oposição: senador Magno Malta (PL-ES), deputado Pr. Marco Feliciano (PL-SP), deputado federal Delegado Ramagem (PL-RJ), Izalci Lucas (PSDB-DF) e deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) "Nesse cenário, estão inseridas no âmbito da referida investigação as questões concernentes aos informes/informações enviados pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) com o objetivo de acautelar, alertar e prevenir autoridades e órgãos públicos. Conforme amplamente noticiado pela imprensa, a a Abin, por meio do Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin) e parcerias, emitiu vários informes/informações alertando sobre movimentações e risco de ações ilícitas contra autoridades e patrimônio público", afirma o requerimento do Delegado Ramagem, que pede o depoimento de Moura da Cunha. Ramagem ainda afirma, em seu requerimento, que o governo se recusou a conferir acesso às imagens do circuito interno de segurança do Palácio do Planalto e impôs um "sigilo heterodoxo" sobre o conteúdo. "A emissora de televisão CNN divulgou vídeos em que servidores federais do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República foram flagrados transitando e interagindo de forma amigável com invasores no momento da ocupação", complementa o requerimento. Paralelamente a isso, Ramagem pede também a verificação das atuações de autoridades e servidores do Distrito Federal no transcorrer das ações, como a suposta participação de autoridades e servidores públicos, sejam eles federais, distritais, civis ou militares.Tags
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