Como o Maranhão driblou os EUA e a Alemanha para comprar respiradores da China
Congresso em Foco
16/04/2020 | Atualizado às 10h42
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Respiradores são desembarcados no aeroporto de São Luís (MA) [fotografo] Divulgação/Governo do Maranhão [/fotografo]
Uma carga de 107 respiradores vindos da China chegou ao aeroporto de São Luís, no Maranhão, na noite desta terça-feira (14). Para conseguir fazer com que os equipamentos que serão usados por pacientes com coronavírus chegassem ao estado, o governo montou o que chamou de "operação de guerra". A estratégia foi necessária porque em três tentativas anteriores a compra foi "desviada" no meio do caminho.> Médico deixou governo para não ser "responsável por número importante de óbitos"Em duas situações, Estados Unidos e Alemanha pagaram mais aos fornecedores chineses e levaram os respiradores que estavam reservados pelo Maranhão. Em outra, numa compra interna, o governo federal confiscou toda a produção nacional para distribuir os equipamentos de acordo com seus critérios. Para driblar os outros interessados, o governo mudou a rota de compra e trouxe a mercadoria pela Etiópia. Ao desembarcar em São Paulo, a carga foi direto para o Maranhão e só lá passou pelos trâmites da Receita Federal, evitando assim que ficassem em SP por ordem do governo federal. Segundo a Folha de S. Paulo, a operação custou R$ 6 milhões e envolveu 30 pessoas. Além dos respiradores, a carga continha também 200 mil máscaras. Todos os equipamentos foram comprados com dinheiro doado pela iniciativa privada. Segundo informações da Secretaria Estadual de Saúde, mais de R$ 10 milhões já foram doados por empresário locais ao governo do Maranhão desde o início da pandemia de covid-19. Assista abaixo vídeo produzido pelo governo do Maranhão sobre o caso> Últimas notícias sobre a pandemia de covid-19