O líder do PP na Câmara, Arthur Lira. [fotografo] Agência Câmara [/fotografo].
A Mesa Diretora da Câmara confirmou nesta quinta-feira (21) a adesão da bancada do PSL ao bloco do candidato a presidente da Casa
Arthur Lira (PP-AL), apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro.
Com isso, o grupo de Lira tem o maior número de deputados. São 259 (PSL, PP, PL, PSD, Republicanos, PTB, Pros, Avante , Podemos e Patriota). O seu principal concorrente,
Baleia Rossi (MDB-SP), tem 236 (MDB, DEM, PSB, PSDB, PT, PDT, PCdoB, PV, Cidadania, Solidariedade e Rede). O número levado em consideração para o tamanho dos grupos é o de deputados eleitos em 2018, independente se eles mudaram de partido depois.
O tamanho da composição do bloco importa porque dá prioridade na composição dos cargos da Mesa Diretora. A única função na mesa definida por voto direto dos deputados é a presidência. Cargos como a primeira vice-presidência, que tem a função de substituir o presidente, e a primeira secretaria, que administra as finanças da Casa, são dados a deputados dos maiores partidos dos maiores blocos.
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O alagoano conseguiu reunir nesta semana o apoio de 19 dos 36 deputados do PSL que estão em plenos direitos partidários. Apesar disso, o comando do partido, como o presidente
Luciano Bivar, o líder na Câmara,
Felipe Francischni, e o vice-presidente
Júnior Bozzella, defende uma aliança com
Baleia Rossi.
A legenda está rachada desde o final de 2019, quando
o presidente Jair Bolsonaro se desfiliou do PSL após uma disputa de influência partidária com o
Luciano Bivar.
Das 19 assinaturas válidas que apoiam Lira, três sofrem um processo de expulsão. Se as expulsões forem confirmadas pela Executiva do partido, o PSL deixa de ter maioria pró-Lira.
Além do PSL, Lira confirmou nesta semana os apoios do PTB e do Podemos. Na noite de quarta-feira (20), o deputado do PP promoveu um jantar em São Paulo (SP) onde estiveram presentes os presidentes dos principais partidos do
Centrão, como
Ciro Nogueira (PP), Gilberto Kassab (PSD),
Marcos Pereira (Republicanos), Valdemar Costa Neto (PL) e
Renata Abreu (Podemos).