Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, em sessão do Senado [fotografo]Waldemir Barreto/Agência Senado[/fotografo]
A Advocacia-Geral da União (
AGU) acionou o Supremo Tribunal Federal (
STF) para garantir que o ex-ministro da Saúde,
Eduardo Pazuello, fique em silêncio durante sua participação na CPI da Covid, agendada para a próximo quarta-feira (19).
O ministro
Ricardo Lewandowski foi sorteado o relator, e deverá decidir sobre a questão.
Confira a íntegra:
"Tem sido divulgada pela imprensa uma série de declarações de alguns membros da
CPI da Pandemia, que, caso confirmadas por ocasião do depoimento do impetrante/paciente, configurariam verdadeiro constrangimento ilegal", argumenta o Advogado-Geral da União,
André Mendonça, "inclusive antecipando um inadequado juízo de valor sobre culpabilidade, conforme se verifica nos trechos das seguintes matérias", diz trecho do documento.
Portanto, continua a AGU, "a garantia constitucional ao silêncio se coloca como necessária justamente para impedir a aniquilação do direito de defesa nos processos e expedientes acima mencionados, bem como que não haja qualquer possibilidade de constrangimento físico ou moral por parte do impetrante/paciente no exercício de seus direitos", conclui o pedido.
A AGU apresentou o pedido à suprema corte em nome do general, pois o militar ocupou o cargo de ministro da Saúde de
Jair Bolsonaro à época dos fatos apurados na
CPI.
Mais cedo, um advogado carioca também tinha feito pedido semelhantes por meio de um
habeas corpus encaminhado à Corte.
> Advogado envia habeas corpus ao STF para proteger Pazuello de CPI. Veja íntegra
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