Aliel Machado, relator do projeto na Câmara, apresentou proposta para o agronegócio aderir ao mercado de carbono. Foto: Jaelson Lucas/AEN
Horas depois de a
Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) anunciar que suspenderia um manifesto em prol do Estado Democrático de Direito, sete entidades da agroindústria brasileira publicaram um manifesto com o mesmo objeto - porém desta vez mais direto e claro. "As amplas cadeias produtivas e setores econômicos que representamos precisam de estabilidade, de segurança jurídica, de harmonia, enfim, para poder trabalhar", indica a nota do agro.
O texto diz que o Brasil, como uma das maiores economias do planeta, não se pode apresentar ao mundo como uma sociedade permanentemente tensionada em crises intermináveis ou em risco de retrocessos e rupturas institucionais. Em nenhum momento se cita o nome do presidente da República,
Jair Bolsonaro, ou de qualquer um dos poderes, mas o recado é claro:
"O Brasil é maior e melhor que a imagem que temos projetado ao mundo", dizem os autores, antes de advertirem: "Isto está nos custando caro e levará tempo para reverter."
Assinam a nota a Abag (Associação Brasileira do Agronegócio); Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais); Abisolo (Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal); Abrapalma (Associação Brasileira de Produtores de Óleo de Palma); CropLife Brasil; Ibá (Indústria Brasileira de Árvores) e o Sindiveg (Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal).
Ao contrário do agro, a Fiesp deixou em suspenso a publicação de um manifesto pedindo harmonia entre os poderes, a pedido do presidente da Câmara,
Arthur Lira (PP-AL). O apoio da Federação Brasileira de Bancos (
Febraban) a esta manifestação irritou a ala econômica do governo - que ensaiou retirar a Caixa Econômica e o Banco do Brasil da organização.
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