Diante de aparente inércia da PRF em impedir os bloqueios rodoviários de caminhoneiros bolsonaristas, subprocuradora exigiu ação. Foto: EBC
Um dia depois das
manifestações de sete de setembro contarem com apoio dos caminhoneiros apoiados pelo agronegócio, as estradas brasileiras começam a aparecer bloqueadas por parte destes manifestantes. Vias de pelo menos 13 estados estariam fechadas, em mais de uma centena de bloqueios, segundo a Polícia Rodoviária Federal (
PRF).
Apesar da paralisação, a classe de caminhoneiros aparenta estar dividida em relação ao tema. O bloqueio deve causar o desabastecimento de itens básicos em todo o país, tal como aconteceu em 2018, quando outra greve que durou semanas causou desabastecimento e influenciou diretamente na inflação daquele ano.
A manobra conta com o apoio de representantes de empresas e entidades ligadas ao agro fiéis a
Jair Bolsonaro, o que poderia indicar a formação não de greve ou paralisação, mas sim de locaute. A prática, quando praticada pelo empregador do grevista, é considerada ilegal pela
Lei que regulamenta as greves no Brasil, e pode ser punida com prisão.
Nesta quarta-feira (8), senador
Alessandro Vieira (Cidadania-SE), junto dos deputados
Felipe Rigoni (PSB-ES) e
Tabata Amaral (sem partido-SP), cobraram do Ministério da Justiça uma posição sobre o bloqueio de rodovias, antes e depois das manifestações depois do sete de setembro.
No ofício, os parlamentares questionaram o Ministério da Justiça, ao qual está subordinada a PRF, sobre "quais ações têm sido tomadas e se estão sendo adotadas de modo eficiente e tempestivo para liberar o fluxo nas estradas afetadas".
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