Projeto que muda a base de cálculo do preço dos combustíveis é visto por Pacheco como solução para constantes reajustes da Petrobras.[fotografo]Jefferson Rudy/Agência Senado[/fotografo]
O presidente do
Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), comentou nesta sexta-feira (1) sobre a demora na realização da sabatina de
André Mendonça, indicado pelo presidente
Jair Bolsonaro para ocupar a cadeira deixada por Marco Aurélio Mello no
Supremo Tribunal Federal (STF). Pacheco reconhece o atraso, e afirma que procura torná-la possível ainda no mês de outubro.
A indicação de Mendonça está
parada na Casa desde julho. De acordo com o senador, existem duas principais dificuldades enfrentadas para o agendamento da sabatina. A primeira é a análise por parte da Comissão de Cidadania e Justiça (CCJ) do Senado, que possui múltiplas demandas além da indicação para ministro do STF.
"Eu conversei há pouco tempo com o presidente da CCJ, o senador
Davi Alcolumbre (DEM-AP). Ele está ciente dessa responsabilidade e eu acredito muito na solução o mais breve possível dessa situação", afirmou.
Outro obstáculo a ser superado está relacionado à forma de atuação do Senado durante a pandemia, que hoje funciona de forma semipresencial. "Muitos senadores não estão participando presencialmente em Brasília, e essa é uma das situações que impõem a participação da presença física em função das votações secretas", explica.
Crise superada
Um dos motivos especulados sobre as causas da demora para a sabatina de André Mendonça foi a crise entre os poderes em função dos atos pró-governo e das declarações de Jair Bolsonaro no
7 de Setembro.
Para Pacheco, essa crise já foi resolvida.
"Eu considero que o ponto alto da crise, o momento de estresse maior, foi controlado. A decisão quase imediata do arquivamento do pedido de impeachment [do ministro do STF Alexandre de Moraes] que não tinha base legal (...) foi também um fator de estabilidade".
O presidente do Senado diz também já ter sido superado o conflito resultante do pronunciamento do presidente nas manifestações.
"Houve de sua parte uma retratação pública com a Carta à Nação, inclusive referindo-se ao STF. É essa busca de estabilidade que nós temos que ter. Convergir sempre nós não vamos, (...) mas é importante respeitar essas divergências", afirma.
> "André Mendonça foi jogado à própria sorte", afirma Humberto Costa
> PGR indica que Bolsonaro iniciou convocações para atos antidemocráticos
Se você chegou até aqui, uma pergunta: qual o único veículo brasileiro voltado exclusivamente para cobertura do Parlamento? Isso mesmo, é o Congresso em Foco. Estamos há 17 anos em Brasília de olho no centro do poder. Nosso jornalismo é único, comprometido e independente. Porque o Congresso em Foco é sempre o primeiro a saber. Precisamos muito do seu apoio para continuarmos firmes nessa missão, entregando a você e a todos um jornalismo de qualidade, comprometido com a sociedade e gratuito.
Mantenha o Congresso em Foco na frente.
