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Processo de cassação
Congresso em Foco
16/4/2025 | Atualizado às 14:48
O deputado Glauber Braga (Psol-RJ) completa nesta quarta-feira (16) uma semana em greve de fome. A atitude do parlamentar se deu após a aprovação do parecer pela sua cassação no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados na última quarta (9). O relatório de Paulo Magalhães (PSD-BA) que recomenda a cassação foi aprovado por 13 votos a cinco.
Durante o período, o congressista fez ingestão apenas de água, soro e isotônico. Na noite dessa terça-feira (15), dormiu apenas quatro horas no Plenário 5 da Câmara dos Deputados, onde tem vivido desde a aprovação do parecer. "Essa noite senti mais o abalo emocional. Dormi pouco. Acordei, pensei bastante e me sinto forte novamente. Não vou desistir", afirmou Glauber Braga.
O deputado tem recebido duas visitas médicas por dia. Por ordens médicas, a presença de apoiadores está restrita, apenas permitida mediante o uso de máscara. Glauber recebeu visitas de movimentos sociais, colegas parlamentares e ministros de Estado. O deputado, inclusive, aponta que há preocupação de deputados de outros partidos com as consequências de uma eventual cassação do mandato.
"A preocupação dos parlamentares que têm vindo me visitar, de vários partidos, é quanto à possibilidade de cassação. Se fizerem isso comigo, quem será o próximo?", contou Glauber.
Relembre o caso
O psolista é acusado de quebrar o decoro parlamentar por expulsar aos empurrões um militante do Movimento Brasil Livre (MBL), em abril de 2024.
O integrante do grupo fez ataques à mãe do parlamentar, a ex-prefeita de Nova Friburgo Saudade Braga, à época internada por problemas respiratórios. Um mês depois do episódio, a mãe de Glauber Braga faleceu.
A defesa do deputado aponta que o processo de cassação não está objetivamente punindo pelo ato em si, sob a justificativa de defesa da honra. Para eles, trata-se de perseguição política em razão da posição combativa de Glauber diante do orçamento secreto e do ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). O alagoano nega eventuais interferências no parecer aprovado na última semana.
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