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SAÚDE
Congresso em Foco
14/4/2025 | Atualizado às 13:15
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concedeu o registro para a vacina IXCHIQ, uma vacina recombinante atenuada contra o vírus Chikungunya, desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a empresa farmacêutica austro-francesa Valneva. Administrada em dose única, a vacina é indicada para a imunização de indivíduos com 18 anos ou mais que apresentem risco elevado de exposição ao vírus. A vacina é contraindicada para gestantes, pessoas com imunodeficiência ou imunossupressão.
Como condição para o registro, a Anvisa e o Instituto Butantan firmaram um Termo de Compromisso que prevê a condução de estudos adicionais sobre a efetividade e segurança da vacina, além de atividades de farmacovigilância ativa. O objetivo é expandir o conhecimento sobre o perfil de eficácia e segurança do imunizante.
O imunizante já obteve aprovação de outras agências reguladoras internacionais, incluindo a FDA (Food and Drug Administration) dos Estados Unidos e a EMA (Agência Europeia de Medicamentos).
A Chikungunya é transmitida pela picada de mosquitos Aedes aegypti fêmeas infectadas, o mesmo vetor da dengue. O vírus chegou às Américas em 2013, causando uma epidemia significativa em países da América Central e ilhas do Caribe. No Brasil, a doença foi confirmada em 2014 nos estados do Amapá e Bahia, mas hoje está presente em todos os estados, principalmente no Rio de Janeiro.
A avaliação da Anvisa também contou com a contribuição independente do Grupo de Trabalho para discussão do desenvolvimento não clínico e clínico de vacinas contra Arboviroses, estabelecido pela Câmara Técnica de Medicamentos (Cateme), composto por especialistas em arboviroses e desenvolvimento de vacinas.
Incorporação no SUS
Para que o imunizante seja incorporado ao Sistema Único de Saúde, o Instituto Butantan trabalha em uma versão que possa ter parte de seu processo de produção realizado no Brasil. Esta versão será analisada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (CONITEC), pelo Programa Nacional de Imunizações e demais autoridades de saúde.
"A partir da aprovação pelo CONITEC, a vacina poderá ser fornecida estrategicamente. No caso da chikungunya, é possível que o plano do Ministério seja vacinar primeiro os residentes de regiões endêmicas, ou seja, que concentram mais casos", disse o diretor do Instituto Butantan, Esper Kallás.
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