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PEDIDO DE INVESTIGAÇÃO
Congresso em Foco
20/02/2025 | Atualizado às 12h16
Está nas mãos do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), o pedido para instalação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar a gestão dos Correios. O requerimento, com 32 assinaturas, foi apresentado nessa quarta-feira (19) pelo senador Márcio Bittar (União-AC). O apoio dado para as investigações é superior às 27 assinaturas exigidas para criação de uma CPI.
O início ou não das apurações dependerá, no primeiro momento, da avaliação política de Alcolumbre. Caso ele concorde em dar andamento às investigações, caberá aos líderes partidários indicarem seus representantes no colegiado. O principal alvo da oposição é a gestão do atual presidente, Fabiano Silva dos Santos.
Aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, Bittar alega que, apesar de acumular dois anos consecutivos de déficit, os Correios aumentaram os gastos com a alta administração em 38% (de R$ 5,91 milhões em 2022 para R$ 8,159 milhões em 2023), acima da inflação de 4,62%. A empresa alega legalidade. A CPI investigará denúncias de irregularidades financeiras e administrativas, com prejuízo recorde de mais de R$ 3 bilhões em 2024, problemas operacionais, interferências políticas em nomeações e gestão do fundo previdenciário.
"Os Correios voltaram a se destacar negativamente no universo das estatais, exigindo que esta Casa se mobilize para apurar denúncias e indícios de irregularidades na gestão financeira e administrativa da empresa; investigar problemas operacionais e seus impactos nos serviços prestados à população; verificar a existência de interferência política em decisões estratégicas e administrativas; examinar as condições do fundo previdenciário e identificar possíveis desvios ou má gestão; e propor medidas corretivas e preventivas para garantir a transparência e a eficiência na gestão dos Correios", alega o requerimento de CPI.
20 anos depois
A CPI leva o mesmo nome da comissão instalada em 2005 que apurou o esquema do mensalão a partir de uma denúncia de pagamento de propina a um funcionário dos Correios ligado ao então deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ). Há 20 anos, a comissão era mista, ou seja, formada por deputados e senadores.
Acuado, Jefferson denunciou o mensalão como esquema de compra de apoio político no Congresso. O caso foi o maior escândalo dos dois primeiros governos Lula, derrubou o então ministro da Casa Civil, José Dirceu, levou à cassação de parlamentares e à condenação de vários políticos.
Entre os apoiadores da nova CPI, apenas a senadora Soraya Thronicke (União-MS) não integra a oposição. A senadora tem posição considerada independente em relação ao governo.
Veja quem apoia a CPI dos Correios:
Marcio Bittar (União Brasil-AC)
Rogerio Marinho (PL-RN)
Eduardo Girão (Novo-CE)
Marcos Rogério (PL-RO)
Chico Rodrigues (PSB-RR)
Jaime Bagattoli (PL-RO)
Ciro Nogueira (PP-PI)
Cleitinho (Republicanos-MG)
Plínio Valério (PSDB-AM)
Magno Malta (PL-ES)
Damares Alves (Republicanos-DF)
Jorge Seif (PL-SC)
Dr. Hiran (PP-RR)
Eduardo Gomes (PL-TO)
Luis Carlos Heinze (PP-RS)
Lucas Barreto (PSD-AP)
Marcos Pontes (PL-SP)
Zequinha Marinho (Podemos-PA)
Flavio Bolsonaro (PL-RJ)
Hamilton Mourão (Republicanos-RS)
Wilder Morais (PL-GO)
Tereza Cristina (PP-MS)
Carlos Portinho (PL-RJ)
Esperidião Amin (PP-SC)
Styvenson Valentim (PSDB-RN)
Wellington Fagundes (PL-MT)
Izalci Lucas (PL-DF)
Soraya Thronicke (União Brasil-MS)
Marcos do Val (Podemos-ES)
Nelsinho Trad (PSD-MS)
Mecias de Jesus (Republicanos-RR)
Laércio Oliveira (PP-SE)
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