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Congresso em Foco
17/02/2025 | Atualizado às 18h44
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco (PT), rebateu as acusações feitas pelo correligionário Washington Quaquá, atual prefeito de Maricá (RJ) e vice-presidente do PT. O mandatário havia dito que iria abrir denúncia contra a ministra por conta da contratação de um suposto funcionário fantasma que, segundo Quaquá, teria sido indicado pela ministra.
Quaquá alega que um funcionário da prefeitura trabalhou simultaneamente para o município e como consultor do Ministério da Igualdade Racial em 2024. O funcionário era Alex da Mata Barros, indicado por Anielle. "Me mandaram um recado que havia sido contratado um funcionário fantasma a pedido dela. Sendo ou não dela, eu mandei abrir inquérito", disse o prefeito. "Infelizmente, na esquerda e na direita, temos esses santos de bordel. É por isso que o povo anda tão descrente em política", completou.
O ministério saiu em defesa da contratação de Alex, afirmando que não houve ilegalidade em sua contratação pelo Projeto Gente Negra "Reconstrução e Desenvolvimento", do Ministério da Igualdade Racial. Em nota, a pasta alega que Barros foi contratado pelo Banco de Desenvolvimento da América Latina (Banco CAF), por meio de edital, e que a consultoria é financiada por recursos de cooperação internacional.
A ministra rechaçou as acusações, classificando-as como desinformação e fake news, e promete responder com medidas cabíveis. A tensão entre Anielle e Quaquá se acentuou após o vice-presidente do PT defender, em janeiro, os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, acusados de envolvimento no assassinato da irmã da ministra, a vereadora Marielle Franco. Anielle já havia pedido investigação contra Quaquá por uma foto com a família dos Brazão, com a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, repudiando a atitude do prefeito como "desrespeitosa". Quaquá se pronunciará apenas se o PT abrir investigação, e o partido ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso.
Em nota, o Ministério da Igualdade Racial nega as acusações do vice-presidente do PT e afirma que contratações e pagamentos dos funcionários são feitos diretamente pelo Banco CAF). Leia a íntegra:
"Não há ilegalidade em nenhuma consultoria de apoio ao Ministério da Igualdade Racial.
Os consultores participantes do projeto são contratados e remunerados diretamente pelo Banco CAF em apoio e fortalecimento do Ministério da Igualdade Racial. O edital de seleção foi elaborado seguindo os critérios e padrões internacionais informados pelo banco.
A consultoria é financiada com recursos de cooperação internacional, seguindo os parâmetros legais do padrão de apoio institucional do Governo Federal.
A Ministra Anielle Franco afirma que perseguição política e violência política não serão toleradas e toda e qualquer tentativa de desinformação e fake news serão respondidas à altura, por medidas cabíveis".
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