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Brasil 2050
Congresso em Foco
17/02/2025 | Atualizado às 09h54
A formulação da estratégia nacional de longo prazo do país, com projeção para 2050 (Estratégia Brasil 2050), incluirá estudos sobre os impactos econômicos da mudança do clima. O objetivo é destacar a importância das ações de mitigação e adaptação. O tema foi debatido em uma oficina realizada na quinta-feira (13), em Brasília (DF), sobre o estudo temático estratégico.
A iniciativa, liderada pela Secretaria Nacional de Planejamento do Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO), conta com o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), por meio da Coordenação-Geral de Ciência do Clima e do projeto técnico de cooperação internacional Ciência&Clima. O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) também participa do projeto.
Para Márcio Rojas, coordenador-geral de Ciência do Clima do MCTI, o envolvimento do ministério na elaboração da estratégia de longo prazo é essencial para garantir que o clima seja um elemento central do planejamento nacional.
"A perspectiva é que tenhamos as questões climáticas verdadeiramente transversalizadas na política do governo federal. A nossa expectativa é todo esse esforço possar ser considerado na tomada de decisão das políticas públicas e possamos vislumbrar um futuro melhor para o nosso país", explicou.
O estudo estratégico quantificará indicadores sobre os impactos econômicos da mudança do clima, permitindo evidenciar o papel das medidas de mitigação das emissões de gases de efeito estufa. O trabalho também integrará metas de diferentes planos governamentais de médio e longo prazo.
"Estamos gerando evidências para mobilizar esforços e investimentos para ações que de fato resultem em mitigação e adaptação à mudança do clima. A oficina traz evidências sobre a necessidade de agir e de mudarmos a nossa forma de investir, de fazer infraestrutura para que no futuro tenhamos condições plenas de termos economias fortes, sustentáveis e qualidade de vida", afirmou a secretária nacional de planejamento do MPO, Virgínia de Paula.
Uma das diretrizes adotadas no estudo é a utilização de cenários climáticos baseados em diferentes níveis de aquecimento, seguindo o modelo da Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) do Brasil. São consideradas projeções para 2100, com cenários em que o planeta esteja 1,5°C, 2°C ou até 4°C mais quente em comparação com os níveis pré-industriais.
Com base nessas projeções, serão avaliados impactos econômicos nacionais, regionais e por unidade da federação, abrangendo indicadores como PIB, nível de emprego, atividade setorial, produtividade total dos fatores de produção, preços dos alimentos e custos de acesso à água.
O estudo também analisará impactos em setores estratégicos de infraestrutura e na transição demográfica associada às mudanças climáticas. Para essas projeções, serão aplicados modelos econômicos de Equilíbrio Geral Computável.
Antes de apresentar o escopo do estudo, o coordenador do projeto, Régis Rathmann, ressaltou a importância de comunicar com clareza os efeitos da mudança do clima em diversas áreas. "Se não agirmos de forma mais incisiva, podemos chegar em uma situação em que a existência humana não possa suportar", afirmou.
Segundo ele, "a notícia positiva é que já existem tecnologias de baixo carbono que, se implementadas em larga escala, podem acelerar as ações climáticas". Ele também destacou que a adoção dessas tecnologias pode impulsionar a economia, melhorando a produtividade e a competitividade.
Os estudos e a Estratégia Brasil 2050 devem ser concluídos no primeiro semestre. Os resultados serão disponibilizados na plataforma AdaptaBrasil.
Com informações do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
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