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FORÇAS ARMADAS
Congresso em Foco
16/02/2025 | Atualizado às 08h44
O perfil dos gastos militares no Brasil sofreu mudanças nos primeiros anos do governo Lula (PT), com aumento do percentual destinado a investimentos e redução das despesas com pessoal. No entanto, as distorções que marcam o orçamento da Defesa permanecem. As informações são da Folha de S.Paulo, em reportagem assinada por Igor Gielow e Gustavo Patu.
Em 2022, último ano do governo Jair Bolsonaro (PL), 6,8% do orçamento da Defesa foi direcionado a investimentos. No ano passado, esse percentual subiu para 7,4%, totalizando R$ 9,2 bilhões em valores corrigidos pela inflação. Enquanto isso, o pagamento de ativos e inativos caiu de 80% para 78,2%, mas segue representando a maior parte dos gastos, com R$ 96,6 bilhões.
Apesar da melhora, o Brasil ainda destina um percentual abaixo do recomendado pela Otan para investimentos em equipamentos e programas militares. A aliança ocidental estabelece um patamar mínimo de 20% do orçamento para essa finalidade. Além disso, a despesa com pessoal segue elevada, com inativos representando cerca de 60% desse total, um índice considerado alto em comparação com outros países.
Outra questão que desperta preocupação é o uso político do orçamento da Defesa. O programa Calha Norte, por exemplo, tornou-se um dos principais destinos de emendas parlamentares, desviando recursos para obras sem ligação direta com a estratégia militar do país. Questionado pela Folha, o Ministério da Defesa não comentou os dados e a estrutura orçamentária do setor.
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