[caption id="attachment_82468" align="alignleft" width="319" caption="Segundo o advogado, Samarane não tinha autoridade no Banco Rural para autorizar empréstimos"]
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[fotografo]José Cruz/ABr[/fotografo][/caption]Ex-diretor e atual vice-presidente do Banco Rural, Vinícius Samarane não tinha autoridade nem competência para autorizar os três empréstimos feitos na instituição financeira que, segundo a denúncia, abasteceram a compra de votos da base aliada ao governo Lula. Em sustentação oral no Supremo Tribunal Federal (STF), seu advogado, Maurício de Oliveira Campos Júnior, disse que, na época da tomada dos créditos, Samarane era de outra área do banco. Mesmo assim, ressaltou, as transações bancárias foram feitas dentro da lei.
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A Procuradoria-Geral da República (PGR) imputa a Samarane os crimes de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta de instituição financeira e evasão de divisas. De acordo com a PGR, o diretor deixou de comunicar às autoridades financeiras os saques e as irregularidades nos empréstimos liberados pela instituição. Na sexta-feira (3),
o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pediu a condenação e a prisão de 36 pessoas.
De acordo com o advogado, os três contratos de crédito - R$ 19 milhões para a SMP&B, R$ 10 milhões para a Grafite e R$ 3 milhões para o PT - foram feitos dentro da legislação da época. O banco, acrescentou Oliveira, informou ao Banco Central sobre das transações. Na sustentação oral, ele disse que José Augusto Dumont, então vice-presidente da instituição, era o responsável pelos acordos. Dumont morreu em um acidente da carro em 2004.
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"Vinícius Samarane não votou na concessão e não votou em nenhuma das renovações do contratos de crédito", afirmou. Para o advogado, nenhum dos quatro réus da Ação Penal 470 que eram do primeiro escalão do Rural deveria ser processado. "É terrível alguém ter que se explicar por algo que é cobrado hoje e não antes. Os dirigentes chegaram depois, foram arrastados para o processo", disparou.
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