[caption id="attachment_82483" align="alignleft" width="319" caption="Ayanna: mais uma sustentação de defesa baseada na falta de responsabilidade do réu"]

[fotografo]Nelson Jr./STF[/fotografo][/caption]O advogado Antônio Cláudio de Oliveira afirmou nesta quarta-feira (8), em sustentação oral no Supremo Tribunal Federal (STF), que a ex-vice-presidente do Banco Rural Ayanna Tenório não tinha a responsabilidade de comunicar supostas irregularidades em saques e empréstimos feitos na instituição. De acordo com a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), ela deveria ter informado aos órgãos de fiscalização anomalias nas transações.
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A PGR acusa Ayanna dos crimes de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e gestão fraudulenta de instituição financeira. No entanto, para a defesa, ela não era uma financista, tinha formação voltada para organização e administração de empresas. "Ela jamais exerceu qualquer função relacionada ao mundo financeiro", afirmou. Ela foi contratada em 2004 para trabalhar no Banco Rural.
Segundo o advogado, Ayanna foi contratada com a missão de melhorar a estrutura da instituição. "Ela era responsável pelo setor de controle e fiscalização do banco, zelar pela postura ética", disse. O setor tinha a função de identificar e evitar desvios legais em empresas do setor financeiro. "O
compliance não faz fiscalização, ele recomenda", afirmou, acrescentando que ela assumiu o setor de lavagem de dinheiro em 2005 e saiu do banco no ano seguinte.
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