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27/10/2017 | Atualizado às 18h48
A "dancinha" do deputado Carlos Marun (PMDB-MS), escudeiro fiel do presidente Michel Temer, viralizou nas redes sociais e foi fartamente noticiada nas mídias impressa e on-line. O aliado comemorou com a coreografia o resultado da votação do parecer pela rejeição da denúncia contra Temer, na noite de quarta-feira, 25, no plenário da Câmara.
Marun ainda ironizou a "surra" dada na oposição, ao fazer sua interpretação para a letra da música "Tudo está no seu lugar", um hit na voz do cantor Benito Di Paula. A coreografia da semana repete a chamada "dança da pizza", protagonizada em 2006 pela ex-vereadora e ex-deputada federal Ângela Guadagnin (PT-SP). Na época, ela comemorou dançando no plenário o fato de seu correligionário João Magno (PT-MG) ter se livrado de um processo de cassação. Ele havia sido acusado de receber dinheiro do esquema do mensalão, mas acabou sendo absolvido no Supremo Tribunal Federal e não foi cassado pela Câmara. O gesto de Marun e de Ângela Guadagnin, de fazer uso de ironia e zombar de colegas parlamentares derrotados em questões político-institucionais, não se insere nas boas práticas de comunicação. Agentes públicos e personalidades políticas devem evitar atos que só servem para acirrar ânimos e dificultar relacionamentos no Congresso. Se a política é a arte do possível, a comunicação permite construir relacionamentos que abrem caminhos. Gestos em sentido contrário só dificultam as coisas e podem custar caro a autoridades da política. Ao contrário da letra da música cantarolada por Carlos Marun, nada parece estar no seu lugar.Tags
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