Presidente Jair Bolsonaro (sem partido). [fotografo] José Cruz/Agência Brasil [/fotografo]
Bolsonaro foi às ruas, no último domingo (15), para manter seu núcleo duro mobilizado.
As manifestações, em mais de 200 cidades, demonstram que parcela do povo está com ele. Foi a mais fascista das manifestações, com faixas pedindo o
fechamento do Congresso e do STF abertamente no Brasil inteiro.
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O capitão aumenta sua aposta na crise a cada movimento. A avaliação do parlamento é péssima. A oposição está dividida e sem rumo. A crise do
coronavírus deve levar ao fechamento do parlamento por questões sanitárias. O capitão pode governar sozinho por alguns meses. Será um teste.
Tudo dependerá do desdobramento da crise na saúde. Como o Brasil sairá dela? Mais forte? Mais fraco? Se sair bem, o presidente colherá frutos, inevitavelmente.
Seu isolamento é uma opção. Mantém seu posicionamento "antissistema". Até agora, nada colou no presidente. Se a economia afundar e arrastar sua popularidade,
Bolsonaro pode acabar como Collor e Dilma. Se houver uma retomada após a crise sanitária, pode se fortalecer.
Bolsonaro deseja fechar tudo e governar de forma autoritária. A oposição deseja derrubá-lo. No momento, nenhum dos lados têm força para realizar suas vontades.
Os editoriais dos jornalões contra o governo não passam de "mimimi". Se o segundo turno fosse hoje, entre Bolsonaro e o PT, votariam todos novamente no capitão.
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