Jair Bolsonaro e Onyx Lorenzoni, durante cerimônia de sanção de lei que fez minireforma eleitoral [fotografo]Marcelo Camargo/ABr[/fotografo]
O presidente
Jair Bolsonaro confirmou que nomeará o ministro da Cidadania,
Onyx Lorenzoni, para a Secretaria-Geral da Presidência da República - abrindo espaço para um nome ligado ao Centrão assumir a pasta, responsável por temas como o
Bolsa Família.
Bolsonaro confirmou a informação durante entrevista ao apresentador José Luiz Datena, no programa
Brasil Urgente, da TV Bandeirantes.
"Eu tenho um ministério vago, aqui da Secretaria-Geral, que a previsão é trazer o Onyx Lorenzoni para cá e botar uma outra pessoa no
Ministério da Cidadania" disse.
O presidente negou que a mudança nas cadeiras será uma reforma ministerial - que poderia contar com a saída de outros nomes como o ministro da Saúde,
Eduardo Pazuello, cuja cadeira pode estar endereçada ao líder do governo na Câmara e ex-ministro
Ricardo Barros (PP-PR).
Onyx Lorenzoni, eleito deputado federal em 2018, iniciou o mandato como ministro-chefe da Casa Civil do governo de Bolsonaro. Após ser sacado do cargo em fevereiro do ano passado, substituído pelo general
Walter Braga Netto, o gaúcho passou a ocupar a pasta da Cidadania.
A pasta da Secretaria-Geral, que presta assistência direta ao presidente da República e seu vice, está ocupada interinamente por Pedro Cesar Sousa desde o final do ano passado. Pedro é major da polícia militar e foi nomeado no lugar de
Jorge Oliveira, que passou ao cargo de ministro do
Tribunal de Contas da União (TCU)
.
Ainda durante a entrevista, Bolsonaro indicou que pode haver restauração do pagamento do auxílio emergencial. "Isso é discutido o tempo todo. O
Paulo Guedes tem dito que se a pandemia continuar e a economia não pegar, vamos discutir para ontem a questão", afirmou.
Bolsonaro - que já afirmou em outros momentos que uma nova rodada de benefícios poderia quebrar o país - também apontou pontos negativos da medida, como pressão cambial e aumento de preços de combustíveis.
O pagamento do auxílio precisa ser apreciado e aprovado pelas duas casas do Congresso Nacional.
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