Lira trabalhou intensamente para garantir os 308 votos exigidos para aprovação da PEC. Foto: Luis Macedo/Ag. Câmara
O presidente da Câmara dos Deputados,
Arthur Lira (PP-AL), indicou há pouco que o projeto de Lei de
Reforma Tributária que trata do Imposto de Renda será debatido pelo Plenário na primeira semana de agosto, após o recesso.
"Logo na primeira semana, na volta do recesso, estamos com tranquilidade para votação da primeira etapa da reforma tributária, a que define as novas regras para o imposto de renda", disse no Twitter. O texto tem relatoria de
Celso Sabino (PSDB-PA).
Lira indicou que a Câmara deverá analisar outros projetos de maior importância ainda este ano, tais como a privatização dos
Correios, as reformas política e administrativa e a discussão da reforma eleitoral. O alagoano, no entanto, não colocou prazo para que tais propostas sejam votadas.
Sem chance de golpe
Mais cedo, em entrevista ao canal GloboNews, Lira disse que não considera possível a chance de uma ruptura democrática no Brasil, hoje. O presidente da Câmara se referiu, em grande parte, às ameaças de membros do governo federal e do próprio presidente
Jair Bolsonaro, de que as eleições poderiam não ser realizadas caso não houvesse a implementação do chamado "voto impresso."
"Não há possibilidade de ruptura institucional, de qualquer risco à democracia. O Brasil é um país consistente, amadurecido, com todas as regras de independência para a imprensa, independência funcional para os parlamentares, para o Judiciário como para o Executivo", disse. O presidente da Câmara chamou de "polêmica" quando um poder da República tenta interferir no limite da atribuição do outro, e disse ser necessária "a serenidade para colocar cada um dentro do seu quadrado, dentro dos seus limites constitucionais, sempre com harmonia mas com a independência necessária."
Lira ainda comentou que não compactuaria com alguma proposta que impedisse as eleições: "Eu reafirmo que não há possibilidade no Brasil de nós termos outro sistema que não seja de eleições a cada dois anos, para elegermos prefeitos e vereadores, deputados, senadores e presidente da República", disse ao canal de TV.
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