Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
16/01/2018 | Atualizado às 16h11
<< Lula será candidato do PT à Presidência da República, mesmo se condenado em segunda instânciaA situação se repete agora com a narrativa da fraude. É de um ridículo atroz defender a impunidade de candidatos que estejam bem situados nas pesquisas de intenção de voto. Quem sempre aceitou a Justiça que está aí - uma Justiça de classe, cujo objetivo último é eternizar a dominação burguesa e a imposição da desumanidade capitalista - não pode pular fora apenas porque uma de suas decisões lhe será inconveniente do ponto de vista eleitoral. Isto só nos faz lembrar a infinidade de decisões judiciais, prejudicando os explorados, que foram tomadas nas últimas décadas sem que os petistas jamais ousassem acusá-las de fraudulentas. Ou seja: esse PT amansado que concorda em jogar o jogo no campo do inimigo e segundo suas regras, não tem direito legal nem moral de alegar golpe em 2016 ou fraude em 2018. Só os terá se e quando admitir que a Justiça e a democracia burguesas não passam de biombos para mascarar a supremacia absoluta do poder econômico, que é quem realmente manda e desmanda enquanto os incensados três Poderes não passam de satélites gravitando ao seu redor. Ocorre que tal admissão o obrigaria, por uma questão de coerência, a desistir imediatamente das ilusões eleitoreiras, da conciliação de classe, do reformismo e do populismo, reassumindo as bandeiras revolucionárias que atirou no chão ao longo da década de 1980. E este é um passo que, definitivamente, o PT descaracterizado de hoje em dia não quer dar, daí preferir continuar adotando a moral da ambiguidade, nem que isto implique trocar as argumentações convincentes pelo panfletarismo barato, afugentando os cidadãos com um mínimo de espírito crítico.
<< Depois da JBS, Globo pediu encontro com Temer, toma puxão de orelha, e voltam às boas << Lula e sua diatribe contra o Psol - ex-presidente cultiva o pragmatismo em grau máximo
Tags
Temas